Pioneiro na região, Pampatec é um polo de produção científica e tecnológica

O Parque Científico e Tecnológico do Pampa – PampaTec é um projeto da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) que visa desenvolver a região como pólo de geração tecnológica. Foi construído através de recursos da própria instituição de ensino superior, em conjunto com o Programa Gaúcho de Parques Tecnológicos, e inaugurado oficialmente em 2015.

Atualmente o Pampatec conta com área de 647 m², 10 salas para startups, ar condicionado, internet, telefonia, portaria, vigilância, limpeza, sala de reuniões e espaço para alimentação.

A ideia é que a estrutura ofereça um ambiente de cooperação entre universidades, governos e as empresas de base tecnológica, além de disseminar a cultura empreendedora em Alegrete e região.

O Parque Científico e Tecnológico do Pampa, é um órgão ligado à Reitoria e com suporte do Campus Alegrete da UNIPAMPA, com a missão de promover o empreendedorismo inovador e de base tecnológica no Pampa Gaúcho. Com a missão de estimular a geração e a transferência de conhecimento e tecnologias da UNIPAMPA para as entidades e empresas, visando o desenvolvimento e produção de bens, processos e serviços inovadores.

O Pampatec foi construído no campo do antigo aeroporto, em frente à Avenida Tiaraju, em área doada pelo município à Unipampa que, inicialmente, tinha seu campus limitado a três hectares. Com a doação, feita em 2009, foi possível a ampliação do campus para 43 hectares e, com isso, novos projetos da universidade tiveram impulso, dentre os quais a casa do estudante, novos laboratórios, restaurante universitário e o Pampatec.

O coordenador do Pampatec, Émerson Rizzatti, relembrou o desenvolvimento do projeto que resultou no Parque Científico e Tecnológico do Pampa e destacou o rápido desenvolvimento do espaço de inovação tecnológica. “Hoje o Pampatec que já possui cinco empresas formalizadas, que gera de 40 empregos diretos, já mostra um potencial de desenvolvimento real”, acredita.

O professor João Pablo ministra disciplinas nos cursos de engenharia de software e ciência da computação na Unipampa, e ressalta os benefícios dos parques se espalharem pelas cidades da região, bem como a promissora possibilidade de aproveitarem lições já experimentadas em Alegrete.

— Se a gente puder motivar as demais cidades de alguma forma, cada uma com sua vocação e necessidade, será ótimo. Poderia agregar muito ao nosso setor primário. Algumas empresas do Pampatec já tem esse olhar, e a gente sabe que o agronegócio é a base da nossa economia — adianta.

Quem também vê com bons olhos um possível avanço dos investimentos regionais em inovação, é Alessandro Girardi, docente que atua com engenharia eletrônica na Unipampa campus Alegrete. Para ele, os investimentos evitariam a fuga de cérebros e gerariam empregos de qualidade.

Girardi ainda defende que a região seja mais independente na geração de tecnologia, uma vez que aquela agregada à matriz econômica regional é majoritariamente dependente de outras regiões do estado e do país.

— Somos grandes produtores de grãos, carne e outros alimentos. Se aumentarmos a produtividade e a industrialização destes produtos, com certeza teremos um incremento muito grande no PIB e, consequentemente, no desenvolvimento econômico e social da região — prevê.

Os últimos dados divulgados pelo Pampatec apontavam que, até o ano passado, as empresas incubadas já haviam gerado mais de 70 empregos ao longo dos primeiros quatro anos de existência do parque. O valor do faturamento destas empresas ultrapassava a casa dos R$10 milhões, com arrecadação de mais de R$ 3 milhões em impostos.

Fonte: buena Notícia                      Foto: divulgação