Plano de saúde nega translado da filha e mãe se desespera

É grande o desespero de uma mãe que precisa fazer o translado da filha de 11 anos, em uma ambulância UTI de Santa Maria para Alegrete.

Na noite de segunda-feira(5), Adriele Hoffmann de Oliveira entrou em contato com o PAT. Conforme ela, há 21 dias está no Hospital Astrogildo de Azevedo de Santa Maria com a filha.

O motivo é devido a uma pneumonia que Amanda Hoffmann de 11 anos foi diagnosticada na Santa Casa de Alegrete e foi feita remoção para Santa Maria em razão da UTI pediátrica.

Adriele explicou que Amanda é uma criança especial com diagnóstico de paralisia celebral e síndrome de west’.

Neste período em Santa Maria, ficou 20 dias na UTI, foi entubada três vezes e houve a decisão dos médicos de realizarem uma traqueostomia sendo que esse procedimento vai dar melhor qualidade de vida, por que ela tem asma e com as constantes mudanças nas temperaturas, Amanda sofre muito.

A pequena Amanda já possui, há cinco anos, uma gastro por onde passa a sonda de alimentação. O quadro de saúde é bastante delicado, segundo Adriele.

Ela explica que o desespero começou ao saber que a filha iria sair da UTI, entretanto, a Unimed teria negado o translado  de Amanda até Alegrete. “Minha filha precisa de uma UTI móvel. A traqueostomia vai uma melhor qualidade de vida, mas há cuidados que somente o profissional vai saber fazer, ou ela pode sofrer uma asfixia e morrer” – comentou.

Adriele disse que essa foi a primeira vez que a Unimed negou um pedido. A alegação, de acordo com ela, é por que a Unimed só pode fazer o translado de um hospital sem recurso para outro com recurso.

“Até agora eu tive toda a assistência, mas com essa negativa, o retorno ficou muito complicado e a preocupação é devido ao acesso da traqueo diante dos riscos de bactérias e infecções.

Adriele comentou que conversou com a Dra Marilene e a resposta foi que a saída seria uma medida judicial. Informação confirmada pela secretária de Saúde, Bianca Cassarotto. Ele disse que a Unimed neste caso deveria fazer o translado e que pelo município tem que ter uma ordem judicial.

“Procurei, o Fórum, Promotoria, Defensoria,até consigo o transporte assim, mas é uma burocracia de documentos e o processo leva de  72horas até 60 dias. Então peço encarecidamente ajuda para conseguir uma ambulância UTI, para garantir mais segurança a ela. Eu sou mãe e pai, tenho um outro filho de seis anos e preciso batalhar para sustentar a casa, mesmo com a Amanda precisando de ajuda o tempo todo. Conto com auxílio dos meus pais e familiares. Mas assim que conseguir voltar vou entrar na justiça e solicitar da Unimed um Home Care. Isso vai dar auxílio que ela precisa devido a todos os cuidados e eu ter que sustentar a casa. Sou pai e mãe, meus braços são a garantia do sustento” – concluiu.

Flaviane Antolini Favero