Em Alegrete, o legado das personalidades que contribuíram para a formação da cidade é celebrado e preservado de diversas maneiras. Entre essas formas de homenagem, a Construtora Sotrin se destaca por uma abordagem única e significativa: a escolha de nomes para seus prédios remetem a figuras importantes da história local.
Conjunto Residencial José Rubens Pillar
A jornada da Construtora Sotrin nesse caminho de reconhecimento histórico começou com o Conjunto Residencial José Rubens Pillar. José Rubens Pillar foi uma figura notável na política e na educação de Alegrete. Nascido em 19 de junho de 1935, ele foi padre, professor, advogado, filósofo e político. Filiado ao Partido Progressista (PP), Pillar ocupou importantes cargos públicos, incluindo o de deputado estadual e prefeito de Alegrete em quatro mandatos distintos: 1976, 1988, 2000 e 2004.
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Sua influência no município foi vasta e duradoura. Durante seus períodos como prefeito, Pillar implementou políticas que visavam o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da população. Além de seu papel como político, foi também um educador e pensador cuja contribuição para a cidade é lembrada e apreciada até hoje. O Conjunto Residencial José Rubens Pillar não apenas oferece moradias, mas também presta uma justa homenagem a um homem que dedicou sua vida ao serviço público e ao bem-estar de Alegrete.
Edifício Adão Ortiz Houayek
Na sequência, a Construtora Sotrin homenageou Adão Ortiz Houayek com o nome do Edifício Adão Ortiz Houayek. Conhecido carinhosamente como “Piola”, Adão Ortiz Houayek foi um dos mais respeitados prefeitos de Alegrete. Ele governou a cidade em dois mandatos, de 1962 a 1966 e de 1970 a 1974. Seu legado inclui importantes obras públicas, como o Centro Cultural, a Praça dos Patinhos e a Estação Rodoviária.
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Houayek é lembrado por sua postura digna e coerente, enfrentando adversidades com sensatez e priorizando o bem-estar do povo alegretense. Seu trabalho na administração pública deixou um impacto duradouro, e sua história de dedicação ao serviço público é celebrada através deste edifício, que simboliza a continuidade de seu compromisso com a cidade.
Residencial João da Cunha Vargas
O Residencial João da Cunha Vargas é mais uma peça fundamental na série de homenagens da Construtora Sotrin. João da Cunha Vargas, nascido em Passo do Mariano Pinto, interior de Alegrete, foi um poeta e pajador de grande relevância na cultura gaúcha. Sua vida simples como peão de estância não impediu que ele se tornasse uma figura de destaque na tradição oral e na poesia do Rio Grande do Sul.
João da Cunha Vargas era conhecido por suas declamações de versos, que encantavam os ouvintes nas tertúlias tradicionalistas e eventos culturais. Em 1979, ele foi homenageado na capa do álbum da 9ª Califórnia da Canção Nativa, um reconhecimento de sua contribuição para a cultura local. A escolha de seu nome para um edifício é uma forma de manter viva a memória de um homem cuja arte capturou e expressou a essência da vida campeira e das tradições gaúchas.
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Edifício Noêmia de Sá
Dentre as figuras que a Construtora Sotrin decidiu homenagear, Noêmia de Sá ocupa um lugar especial com o nome do Edifício Noêmia de Sá. Noêmia Geraldina de Sá, esposa de Luís de Freitas Vale, o primeiro e único Barão de Ibirocay, foi uma figura importante na luta pela liberdade e justiça. Nascida em 18 de agosto de 1855 e falecida em 20 de julho de 1919, Noêmia desempenhou um papel significativo na emancipação dos escravos na região de Alegrete.
Sua vida foi marcada pelo engajamento em causas sociais e pela luta pela igualdade, num tempo em que as mulheres ainda não tinham uma voz forte na sociedade. Mãe de 14 filhos e defensora incansável dos direitos humanos, sua história é um exemplo de coragem e determinação. O Edifício Noêmia de Sá serve como um tributo a essa mulher notável que, com seu trabalho e sua paixão, contribuiu para um mundo mais justo e igualitário.
Edifício Chapéu Preto
O mais recente empreendimento da Construtora Sotrin, o Edifício Chapéu Preto, presta homenagem a Derli Vieira da Silva, mais conhecido como Chapéu Preto. Este artista popular de Alegrete é conhecido por suas esculturas notáveis, que adornam a cidade e refletem sua habilidade artística e seu amor pela cultura gaúcha.
Chapéu Preto, que começou a esculpir aos 12 anos, tem obras espalhadas por diversos pontos de Alegrete, incluindo a estátua de Pedro Pampa e a figura do gaúcho tomando mate. Sua casa, localizada no Bairro Capão do Angico, é uma verdadeira galeria de arte que atrai a atenção de quem passa pela rua. Reconhecido pelo Ministério da Cultura no livro “Em Nome do Autor”, Chapéu Preto é um dos 144 melhores artistas primitivos do Brasil e o quarto melhor do estado. O Edifício Chapéu Preto representa a continuidade do legado cultural e artístico de um dos mais queridos artistas locais.
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Segundo a arquiteta e urbanista, Gisa Alves, a Construtora Sotrin valoriza essas figuras históricas em seus empreendimentos, destacando a importância de suas contribuições para a cultura e a história de Alegrete. São legados de personalidades que, independentemente da sua época, posição social ou formação, fizeram e continuarão fazendo história.
As informações são de Gisa Alves, arquiteta e urbanista.