Prefeito decreta situação de emergência devido à estiagem

Após reunião de avaliação da situação da estiagem no interior do município com as entidades representativas do setor produtivo rural, na manhã de sexta-feira (14/02), o prefeito de Alegrete, Márcio Fonseca do Amaral, assinou o Decreto nº 133/2020, que declara em “Situação de Emergência” as áreas rurais afetadas por estiagem.

Entre as considerações que embasaram o documento para a tomada de decisão do Executivo Municipal, estão a situação de diminuição considerável da capacidade de exploração e armazenamento da água, que está causando perdas nas lavouras de soja, milho, na horticultura, na apicultura e na pecuária de corte e leite, segundo os relatórios apresentados na reunião de sexta.

Após leitura dos relatórios da EMATER e da Secretaria da Agricultura e Pecuária, que informam as perdas ocorridas na agropecuária, o prefeito solicitou que se editasse o decreto observando a legislação pertinente e de acordo com a Resolução nº 03 do Conselho Nacional de Defesa Civil – CONDEC.

“Confirma-se assim a mobilização do Sistema Nacional de Defesa Civil, no âmbito do Município, sob a Coordenação Municipal de Defesa Civil de Alegrete e autoriza-se o desencadeamento do Plano Emergencial de Resposta aos Desastres, após adaptado à situação real deste evento, que no caso é a estiagem”, explica o prefeito Márcio Fonseca do Amaral.

Conforme o decreto, está previsto a convocação de voluntários para reforçar ações de resposta à situação de emergência e a realização de campanhas de arrecadação de recursos, junto à comunidade, com o objetivo de facilitar ações de assistência à população afetada pela estiagem.
De acordo com o Gabinete do prefeito, as atividades serão coordenadas pela Secretaria Executiva da Coordenação Municipal da Defesa Civil de Alegrete – COMDEC.

O secretário de Agricultura e Pecuária, Daniel Gindri, relata que já existem registros de perdas nas lavouras de soja, em algumas localidades, que atingem entre 30% a 40% da produção, além de perdas na produção de hortaliças e de melancias.

Conforme as últimas informações coletadas pela secretaria, há relatos que produtores de gado estão soltando seus animais nas estradas e corredores do interior para que se alimentem, já que os campos estão muito secos.

A precipitação pluviométrica ocorrida nos últimos dias não resolveu a situação, apenas minimizou alguns danos como a qualidade da pastagem, mas não sendo suficiente para colocar os níveis de reservas hídricas nos seus patamares normais.

 

DPCOM