Produtora rural denuncia mortandade de animais domésticos e silvestres em sua propriedade

O desabafo de uma produtora rural viralizou na tarde de ontem(7). Ela expôs uma situação grave em que animais estão morrendo e a filha de 10 anos foi parar na Santa Casa de Caridade em razão de sintomas de intoxicação por veneno. Até o momento, a morte dos animais é um mistério.

 

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Roberta Quinteiro reside no Inhanduí e, há oito anos é proprietária de uma leiteria. Ela é muito atuante, faz parte de várias associações e entidades relacionados ao gado leiteiro. Por esse motivo, segundo ela, a preocupação torna- se maior em relação ao que aconteceu em sua propriedade. Muito mais do que sofrer pela perda dos cães e gatos, também, disse que está preocupada com a vida humana.

Desde o último dia 4, ela está presenciando uma mortandade. De acordo com Roberta, ela e o esposo estavam na cidade e retornaram à noite para casa, cerca de 20 Km de Alegrete. Logo depois, ouviu “gritos” de um dos cães e miados. Inicialmente pensou que teria ocorrido uma briga entre os animais. Assim que abriu a porta, a cachorra entrou na casa, mas quando retornou para fora começou a ter convulsões e morreu. Naquele momento ela imaginou que poderia ter sido uma picada de cobra, passou pela cabeça da produtora. Entretanto, na manhã seguinte, mais dois cães morreram, além de gatos. Um funcionário também informou que teria encontrado algumas caturritas mortas. Por esse motivo, Roberta passou a fazer contato com vários órgãos pois o medo é em relação ao gado leiteiro. Ela acrescenta que os animais são tratados apenas com homeopatia. “Se alguém que colocou esse veneno, que não sabemos onde, chegar e dizer o que é já vai ser o suficiente, pois preciso saber apenas isso. O exame para saber, a autópsia tem um valor alto, sinto muito pelos animais que perdi, já chorei muito, mas agora preciso pensar nas pessoas. Assim como minha filha que teve sintomas de  intoxicação, tenho um bebê. Com tudo isso, to saindo de casa, pra não correr riscos pois os animais continuam morrendo” – falou.

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Na manhã de ontem(7), uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente foi ate a propriedade e vai retornar nesta sexta com um veterinário. Em contato com a Secretária Gabriela Segabinazzi, ela disse que ainda é muito cedo para um parecer.

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Roberta também foi atendida por um policial ambiental que a orientou a ir até o órgão fazer o registro do caso. Ela destacou que o policial foi muito solícito, mas não teria como ir até o local.

Em um texto que Roberta publicou em seu perfil no Facebook ela havia destacado que não estava, até então, conseguindo retorno dos órgãos relacionados ao caso e, em um trecho colocou: “estamos falando de um crime ambiental, morte de caturras, gatos e cães, não sei que veneno pode ser, suponha-se que seja Estricnina, ou veneno de Lavoura, ambos proibidos no Brasil. Uma morte Bárbara e triste, lutei para salvar meus cães e falhei não consegui. Já chorei, sofri, enfim, todos sentimentos misturados. Estou falando de crimes, animais domésticos mortos, animais silvestres mortos e uma criança que teve sintomas de intoxicação.”

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Na tarde de ontem, quatro cães já tinham morrido, além de gatos.