Produtores de Alegrete se juntaram a outros de várias cidades da região no bloqueio com sistema pare e siga na BR-290, em São Gabriel

Neste dia 10, o protesto pela securitização das dívidas rurais, com o objetivo de obter mais tempo para quitar débitos com os bancos, ocupou as principais rodovias do Estado. Tratores e caminhões de produtores se concentraram em diversas regiões do Rio Grande do Sul.

Um grupo de produtores de Alegrete se reuniu em São Gabriel com agricultores de várias cidades da região e bloqueou a BR-290, no sistema de pare e siga — agora com um tempo maior de paralisação. O movimento também acontece em outras rodovias, como a BR-392, em São Sepé; a BR-153, em Bagé; e em trechos da região de Passo Fundo.

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A mobilização por securitização — liderada por produtores de soja, milho e fumo — completa 27 dias e é motivada pelas sucessivas perdas causadas por estiagem e enchentes em 2024. Muitos agricultores não conseguiram colher nada e perderam inclusive máquinas e tratores na catástrofe climática que atingiu o RS em maio do ano passado. Produtores de outros estados, como Bahia, Goiás e Mato Grosso, manifestaram apoio ao movimento no Rio Grande do Sul.

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Os manifestantes pressionam pela aprovação do Projeto de Lei 320/2025, de autoria do senador Luis Carlos Heinze (PP), que propõe transformar as dívidas em títulos do Tesouro Nacional, com prazo de pagamento de até 20 anos, dois anos de carência e taxas de juros anuais entre 1% e 3%. O teto de emissão desses títulos seria de R$ 60 bilhões. Como garantia para as operações, o projeto prevê a criação do Fundo Garantidor para a Securitização das Dívidas Rurais (FGSDR), com o objetivo de aumentar a liquidez e reduzir os riscos.

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