Professores de Porto Alegre serão testados a cada 21 dias para retomada presencial

Vigilância em Saúde da Capital decidiu testar sistematicamente educadores e demais profissionais, por período indefinido.

A prefeitura de Porto Alegre decidiu, nesta sexta-feira (30), que a testagem de professores e demais profissionais da educação ocorrerá de forma periódica e sistemática. A aplicação dos testes será feita, ao menos nos primeiros meses, a cada 21 dias.

Assim, os profissionais que voltarem às salas de aulas receberão, a cada três semanas, um tíquete de testagem RT-PCR – tipo de teste que detecta a presença do coronavírus mesmo em pessoas assintomáticas.

 

— Vamos testar todos agora e, partir do 21º dia, vamos disponibilizar novamente os cupons para testar novamente. E 21 dias depois, de novo. E mais 21 dias depois, novamente. Quanto tempo a gente vai testar? Ainda não sabemos. Vamos observar os resultados — explicou o chefe da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter.

Até quinta-feira (29), ainda não havia confirmação de que ocorreria mais de uma rodada de testes. A decisão pelos testes repetidamente tem objetivo de medir o quanto os protocolos estão fazendo efeito, afirmou Ritter.

– Vamos testar agora e já definimos que vamos fazer sistematicamente por um tempo a testagem, para a gente avaliar os protocolos, se estão ocorrendo com naturalidade, se houve aumento no número de pessoas contaminadas, tudo isso para a gente reduzir o dano, reduzir a possibilidade de contaminação em massa — disse o chefe da Vigilância em Saúde municipal, durante transmissão ao vivo pela internet sobre o tema.

A prefeitura garante que, sempre que houver um caso positivo em uma escola, todos que tiveram contato presencial com a pessoa contaminada serão testados, ou seja, serão testados todos aqueles com quem o infectado se encontrou presencialmente.

Ritter também defendeu o uso do teste laboratorial de tipo RT-PCR. A testagem com esta tecnologia tem a vantagem de ser mais sensível para detectar casos positivos em assintomáticos, mas tem o prejuízo de levar em média três dias para se obter o resultado.

— É uma ação de controle e, por isso, a gente usa o RT-PCR, que mostra a atividade do vírus. O teste ideal é o RT-PCR. Tem outros testes, como o antígeno, teste rápido, mas não testa a atividade, vai pegar depois. Nós buscamos as melhores evidências. Claro que o ideal seria testar com mais frequência, mas a gente quer neste momento avaliar (por meio da testagem) se os protocolos são adequados — ressaltou Ritter, na mesma transmissão.

O teste realizado ocorre a partir de coleta da secreção nasofaríngea para análise laboratorial. O material é coletado a partir da introdução de um bastonete nas narinas.

Para fazer o teste, o profissional da rede municipal receberá um tíquete de testagem que será entregue pela instituição de ensino. A testagem acontecerá em 24 postos de saúde e laboratórios indicadores pela prefeitura.

Fonte: Gaúcha/ZH