Protesto após prorrogação de restrição de entrada na Argentina bloqueia ponte em Uruguaiana

Decreto do país vizinho prorrogou medida, que ia até esta sexta-feira (8). Para tentar conter a disseminação do coronavírus, somente podem entrar na Argentina moradores que tenham deixado o país até o dia 25 de dezembro.

Um protesto em Uruguaiana, na Fronteira do RS, bloqueou a ponte que liga o Brasil à Argentina por duas horas neste sábado (9), devido à prorrogação de decreto do país vizinho que restringe a entrada de pessoas pela fronteira terreste.

A medida, que valeria até a sexta (8), foi estendida até 31 de janeiro. Podem entrar somente moradores, naturais da Argentina ou não, que tenham saído do país entre 1ª de abril até 25 de dezembro do ano passado.

O objetivo é evitar a disseminação do coronavírus na Argentina. O país já iniciou a vacinação contra a doença, no fim do ano passado.

A rodovia foi liberada após conversa entre manifestantes, Polícia Rodoviária Federal e a força de fronteira da Argentina.

A brasileira Débora do Vale Rocha participou da manifestação. Ela mora no Brasil e é casada com um argentino, com quem tem três filhos com dupla cidadania. Está desde o dia 25 de dezembro, tentando ingressar ao país vizinho.

Eles vieram de Fortaleza e não conseguiram cruzar a fronteira, devido ao decreto do governo argentino.

Outros residentes também passam pela mesma situação, caso da enfermeira Ailin Olguin, que veio ao Brasil há mais de um ano. Está em Uruguaiana desde 27 de dezembro. “Depois de muitos dias, passar o Ano Novo aqui, hoje bloqueamos a ponte. Tomamos essa medida extrema porque não nos escutavam”, diz.

Depois do fim do protesto, a ponte foi liberada. Os argentinos e residentes que chegaram à fronteira pouco depois do decreto e conseguiram fazer o pedido ao Departamento de Migrações para retornar ao país devem voltar ao Consulado para pegar um documento. Com isso, poderão enfim voltar para casa.

Segundo o Consulado, a fronteira permanece fechada e não haverá mais exceção para quem não estiver dentro dos requisitos.

Fonte e crédito: G1