Uma das peças mais cobiçadas pela torcida, as camisas usadas pelos jogadores durante as partidas de futebol são parte importante do espetáculo. O que pouca gente imagina é que por trás daquele uniforme, que termina o jogo sujo e suado, há uma logística detalhada que garante sua troca, lavagem e transporte – isso, é claro, multiplicado pelo número de atletas de cada equipe. E para gerenciar isso existem os roupeiros.
Em Alegrete, Cezar Augusto Severo, carinhosamente chamado por ”Tchaca”, é um profissional na função de roupeiro.
Atuou a temporada 2019, com a Sociedade Esportiva Real, na Liga Gaúcha 3. Amante do futebol e do futsal, adotou a cidade, onde é um exemplar incentivador do esporte local.
Natural de Itaqui, mora em Alegrete há mais de 20 anos, no bairro Vera Cruz, conhecido por muitos Tchaca, iniciou seu trabalho em 1996, treinava no DAER, na antiga quadra do RAC, e no bairro onde reside atualmente treinava crianças e jovens com objetivo simples de apenas promover o esporte e tirar os jovens do mundo do crime e das drogas.
Em Alegrete, desenvolveu projetos de escolinhas que levava o nome do grande clube Uruguaio ”Peñarol”, clube o qual idolatra. Participou do extinto Programa ”Guri bom de bola” e vários campeonatos municipais.
O roupeiro historicamente é uma figura importante e ao mesmo tempo excluída do futebol. A figura daquela simples pessoa, acaba passando despercebido de muitos.
Tchaca, recebe o carinho e respeito por onde passa. Com o plantel do Real neste ano não foi diferente. Fez amizades por onde andou acompanhando o clube na jornada pela Liga.
No interior, o roupeiro é peça fundamental de um time, seja lá de qual modalidade esportiva. No futsal, este ano o itaquiense que adotou Alegrete como sua cidade do coração, conta que foi um ano brilhante. Se jogou de corpo e alma com o Real, e já aguarda ansioso o retorno das atividades para 2020.
Seu último projeto com jovens e crianças foi desenvolvido na Igreja dos Santos dos Últimos Dias, experiente e com uma tranquilidade peculiar, o roupeiro e apoiador da Sociedade Esportiva Real, está sempre ligado ao futebol.
Nas horas vagas costuma frequentar a Sociedade Italiana e se reunir com amigos para jogar uma partida de futebol de botão.
Tchaca, alimenta um grande sonho, que é um dia conhecer o centro de treinamento da equipe do Peñarol do Uruguai, clube que sempre gostou. Enquanto isto não acontece, ele segue exercendo a função que escolheu com amor. Roupeiro de um time de futebol e incentivador do esporte local.
Júlio Cesar Santos Colaborou: Luis Tassinari Fotos: Luis Tassinari