Tragédia: 15 corpos são encontrados em Muçum e número de vítimas sobe para 21 no RS

Vale do Taquari – O estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma situação de tragédia e luto, com a confirmação do encontro de 15 corpos em Muçum, elevando o número total de vítimas para 21.

O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite durante uma coletiva de imprensa realizada na cidade de Lajeado, na tarde desta terça-feira, dia 5. Até o momento, ainda não estão disponíveis dados completos sobre as vítimas, mas as autoridades estão mobilizadas para prestar assistência e esclarecer as circunstâncias dessa tragédia.

O governo do Estado está mobilizado no suporte aos municípios afetados pelas consequências dos temporais que ocorreram nos últimos dias no Rio Grande do Sul. Helicópteros e embarcações do Executivo estadual estão atuando no socorro aos moradores das cidades atingidas.

A Polícia Rodoviária Federal e o Exército Brasileiro também cederam aeronaves e embarcações para as ações de salvamento. O atendimento será reforçado na região do Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas. Os helicópteros estão salvando pessoas avistadas sobre árvores e telhados, além de pacientes ilhados em hospitais – como ocorreu na cidade de Roca Sales, onde dez pessoas foram resgatadas e levadas para o hospital de Estrela.

Os números acerca dos danos causados são atualizados em tempo real e alterados a todo instante. Até o início da tarde desta terça-feira (5/9), a Defesa Civil registrou 62 municípios afetados. Seis óbitos também foram confirmados sendo: um em Mato Castelhano, um em Passo Fundo, dois em Ibiraiaras, um em Estrela e um sobre o Rio Taquari.

O governador Eduardo Leite lamentou cada uma das mortes e afirmou que a prioridade, neste momento, é evitar outras perdas humanas. “Os esforços estão concentrados em salvar vidas, no resgate e na proteção das pessoas. Desde as 7h da manhã, assim que houve condições de voo, os helicópteros do governo do Estado se mobilizaram para fazer os resgates nas comunidades mais afetadas, especialmente na região do Vale do Taquari”, destacou.

Leite disse que está em constante contato com a Defesa Civil e com os prefeitos das cidades afetadas e que, assim que for possível, se deslocará até as áreas atingidas a fim de acompanhar os trabalhos e garantir todo o suporte necessário às famílias e aos municípios nas ações de reconstrução.

Estima-se em 25.734 o número de pessoas afetadas em todo o Rio Grande do Sul. No momento, não há desaparecidos nem desabrigados. O número de desalojados caiu de 2.649 para 215. A Defesa Civil contabilizou também 309 casas destelhadas e três destruídas.

O Estado registrou queda de granizo, ventos fortes e tempestades, com transtornos associados (como enxurradas e inundações). Os estragos ocorreram, principalmente, na região dos Vales, no Norte e na Serra gaúcha. O rio Taquari chegou a atingir a cota de inundação em Muçum, Roca Sales, Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Encantado e Colinas. Em quase todos esses municípios, houve a retirada de famílias de forma preventiva.

A Defesa Civil está monitorando continuamente a situação das bacias hidrográficas. No momento, o Taquari segue acima da cota de inundação nas estações Muçum, Encantado e Estrela. Já o rio Caí ultrapassou esse nível em São Sebastião do Caí e Montenegro.

Além do atendimento à população, o governo está trabalhando para desobstruir acessos bloqueados. Em alguns municípios, há pontes submersas ou interditadas. As enxurradas provocaram também a ruptura da ponte que liga Farroupilha a Nova Roma, com a queda de uma das cabeceiras.

Segundo a Defesa Civil, a previsão é de que as chuvas deem uma trégua nesta terça, retornando na quarta-feira com temporais e elevados acumulados pela região de fronteira com a Argentina e Campanha gaúcha. Na quinta, as chuvas continuarão atuando na metade Sul do Estado, com condições para transtornos devido aos elevados volumes de chuva. A tendência é de que, na sexta, as instabilidades avancem sobre as demais regiões do Estado com chuvas pontualmente fortes.

Doações

A população pode ajudar as famílias atingidas fazendo doações, especialmente de gêneros alimentícios não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, agasalhos, roupas de cama e colchões. Esses itens podem ser entregues em todos os pontos de coleta da Campanha do Agasalho. No caso específico da doação de colchões, a entrega deve ser feita na Central de Doações da Defesa Civil, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre.

Texto: Juliana Dias/Secom

Por Redação / Agora no Vale

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monica

Mentira que foram 3 casas destruidas, so na minha familia mais de 5