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Essa semana muitos protestos tomaram as ruas do Brasil e também dos Estados Unidos. Nos Estados Unidos a enorme onda de protestos ocorre contra o racismo nas forças de segurança, após o assassinado de mais um negro por um policial branco. No último dia 25 de maio o americano George Floyd foi morto por asfixia durante uma abordagem policial.
No Brasil os protestos acontecem pedindo democracia e contra o facismo e o racismo. No último dia 18 de maio, ocorreu no Brasil a morte de um menino negro, João Pedro, durante operação policial no Rio de Janeiro. O menino brincava com amigos no quintal de casa quando ouviram a aproximação de um helicóptero e disparos de armas de fogo, indo se refugiar dentro de casa. Os policiais entraram no imóvel atirando.
Em abril do ano passado, doze militares dispararam 80 tiros de fuzil contra o carro de uma família que se locomovia para um chá de bebê, causando a morte do músico Evaldo Rosa e do catador de material reciclado Luciano Macedo, ferido enquanto tentava ajudar a família em Guadalupe, no Rio de Janeiro. Segundo a 13ª edição do Anuário da Violência, 75,4% das vítimas pelas polícias brasileiras eram negros, segundo 7.952 registros de intervenções policiais terminados em morte pesquisados no período de 2017 e 2018.
A vereadora Maria do Horto destaca que “vivemos atualmente a questão da necropolítica como plataforma de governo e modelo de segurança pública, não apenas no Brasil. O Estado, como detentor do poder, através de suas escolhas na política de segurança pública, tem selecionado quem deve viver e quem deve morrer. Ocorreram nos últimos dias dois tristes episódios, assassinatos de pessoas negras e da periferia. Aqui no Brasil, aconteceu no Rio de Janeiro o assassinato do menino João Pedro durante uma operação policial, sua casa foi alvejada com 72 tiros. Uma semana depois aconteceu nos Estados Unidos a execução de George Floyd pela polícia americana”.
Para a vereadora, “essas situações que vêm se repetindo diversas vezes no mundo, mostram que esses fatos não são acidentes e sim parte dessa “necropolítica”. Na qual as forças de segurança que deveriam proteger a todos os cidadãos, nessas ocasiões atuam como agentes dessa política, que não preserva a vida, atinge principalmente as minorias, as comunidades e a população negra. É preciso que nos unamos contra essa política, que não respeita os direitos humanos, para que vidas de pessoas inocentes parem de ser tomadas por um projeto de governo, que só mira em negros e pobres.”