2020, o ano que marcou nossas vidas, deixou sequelas e perdas

O ano de 2020 está na reta final. Na próxima sexta-feira será o início de um novo ano com muitas expectativas, principalmente no que está relacionado à vacina contra Covid-19.

Para quem não recorda, tudo começou neste período, na China no ano de 2019 e era apenas um caso isolado. Naquele momento parecia que não havia motivos para preocupação, entretanto, o vírus se alastrou, chegou na Itália, iniciaram às mortes, as medidas restritivas, dentre elas o primeiro lockdown. Em pouco tempo o mundo passou a ouvir e falar apenas sobre o novo coronavírus, corpos eram empilhados, covas abertas e centenas de corpos enterrados no mesmo dia.

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No Brasil, o vírus só começou a se propagar após o carnaval. Até então, a doença que encolheu a economia, era apenas uma possibilidade. E aos poucos iniciaram os primeiros infectados, as primeiras mortes, as medidas restritivas e o mundo parou. As rotinas nunca mais foram as mesmas, escolas fechadas, hospitais lotados, profissionais exaustos e a corrido contra o tempo para tentar evitar o inevitável, o colapso na rede de saúde.

Campanhas foram realizadas para alertar a população. O comércio não essencial foi fechado e em alguns casos de medidas mais severas, lockdown. A população que por um período ficou impactada pela forma em que o “inimigo invisível”, devastou várias famílias, pois dos primeiros dígitos(as vítimas fatais), passaram a ganhar nomes, histórias e homenagens, também o povo parece ter se acostumado com a ideia de que todos vão pegar ou que era apenas uma gripe. Com essa mentalidade, muitas pessoas que estavam há meses em suas casas realizando todos os protocolos foram infectadas, inúmeras perderam suas vidas na batalha contra o vírus. A maioria, pessoas idosas com outras comorbidades, este alerta foi feito pela própria classe médica.

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Um ano depois do início do primeiro alerta e dez meses de ações no Brasil contra o novo coronavírus, são 7.448.560 confirmados, 6.512.717 recuperados  e 190.488 mortes. O Rio Grande do Sul é o quinto Estado no ranking com 428.633 positivos, 390.886 recuperados e 8.434 mortes conforme o site https://covid.saude.gov.br/, na noite de ontem(25).

Em Alegrete, o número de infectados até o último boletim epidemiológico do dia 24 eram 2.465 casos confirmados, com 1.760 recuperados, 672 ativos (663 em isolamento domiciliar e 9 hospitalizados positivos de Alegrete) e 33 óbitos. Dos 9 internados, 6 estão na UTI Covid e 3 no Hospital de Campanha.

Foram realizados 12.772 testes, sendo 9.999 negativos, 2.465 positivos e 208 aguardando resultado. Em observação com síndrome gripal são 686 pessoas. Neste mês de Dezembro, foi registrado também o maior número de óbitos em um único mês, mais precisamente em 25 dias foram 11. Em vários momentos a UTI Covid-19 da Santa Casa de Alegrete esteve com 100% dos leitos ocupados e pacientes foram transferidos. O número de profissionais é limitado, são apenas 5 médicos para sete dias da semana com turnos exaustivos, porém, mesmo assim, o atendimento que emociona a cada um que esteve na ala Covid, no Hospital de Campanha até a UTI. Os pacientes relatam o comprometimento, a dedicação e o trabalho de cada profissional da área da saúde.

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Com um número bem elevado de pessoas aguardando resultado, nos últimos dias, não baixou de 600, o Comitê Gestor de Crise da pandemia Covid-19, fez um apelo para que haja muita cautela em função das festas de final de ano. Todo reflexo vai ocorrer em janeiro. Neste Natal, no mapa preliminar do distanciamento controlado do Governo do Estado, Alegrete permaneceu na bandeira vermelha. Assim como outras 15 regiões que, se confirmadas, na segunda (28), teremos 76,5% da população gaúcha que passará o feriado de Ano Novo classificada com alto risco epidemiológico para o coronavírus.