21 de março, dia do cromossomo do amor

Nascer com Síndrome de Down não impede uma vida repleta de realizações.

No Brasil, existem as APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que são centros de apoio especializados no atendimento às pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Em Alegrete, a APAE atende em torno de 46 estudantes com Síndrome de Down. Nesta terça-feira (21), ocorreu uma grande confraternização com familiares, amigos, professores e funcionários em virtude da data comemorativa da Síndrome de Down. 

Motociclistas do Brasil e países vizinhos participaram de encontro em Alegrete

No local, havia muita alegria, brincadeiras com dança, tinta, entre outras. Tinham lanches variados, como pipoca, sucos e cachorro-quente, tudo para animar ainda mais os presentes. O PAT conversou com algumas pessoas presentes na festa, uma delas foi a estudante Mara Regina Cabreira, 46 anos, que gosta muito de pintar e também é muito admirada por todos da instituição. Ela fala de seu namorado, que tem a mesma idade, tem Síndrome de  Down e frequenta a APAE, mas não pôde comparecer à festa. 

Mara Regina

A menina Helena Beatriz Pertile da Silva levou toda a sua família para o evento. Frequentadora da APAE desde os cinco meses, adora as aulas de Arte e Educação Física do professor Felipe. Seu pai, Hector Alberto Lopes da Silva, disse que o maior desafio na educação de Helena foi sua adaptação na escola regular, uma vez que ela ficava mais tempo fora de sala, do que dentro. Segundo o pai, os monitores não estavam preparados para atender as necessidades de uma estudante com Síndrome de Down. 

Mulher acusa vizinha de revelar detalhes do seu prontuário médico para outros moradores

A mãe, Carlise Maria Pertile, reflete que o dia 21 de março existe para  conscientizar a sociedade de que pessoas com Síndrome de Down existem e que merecem ser mais incluídos na sociedade, começando na sala de aula regular com os outros colegas. A irmã Alice Maria Pertile da Silva relembra que não queria ter irmãos, mas quando viu a irmã, além da Síndrome de Down, aprendeu a ter ainda mais paciência e calma. Ela confessa que ambas ficaram inseparáveis e que aprendeu a amar e respeitar o próximo. Em um bate-papo rápido, Helena disse que sua cor favorita é rosa, sua princesa da Disney é Rapunzel e o programa de tevê é Art Attack.

Uma família unida

A professora Rosana trabalha no ciclo três da alfabetização, sua função é reforçar o que o estudante já sabe, também retoma questões do cotidiano, como nome, trajeto que faz, etc. Para ela, ser professora na APAE a tornou uma pessoa melhor, por ter contato muitas realidades diferentes. 

Arte produzida pelos estudantes na festa

O estudante Gabriel, de 15 anos, ama jogar futebol, torceu para a Argentina na Copa do Mundo e seu jogador predileto é Lionel Messi. Entre outras coisas, é gremista, também assistiu a todos os filmes da Marvel e o super-herói que mais admira é o Incrível Hulk.  

A professora Rosana com Gabriel

Daiane Prestes é professora e especialista em Estimulação Precoce, a APAE de Alegrete  tem um projeto único nessa área, que atende bebês de zero a três anos com diagnóstico ou prognóstico de atraso no desenvolvimento neuromotor. 

Depois de gravíssimo acidente, ele contrariou prognósticos médicos, venceu cada desafio e hoje vê a vida com outros olhos

Professora Daiana – projeto referência no município

Outra história de amor pela profissão é a do professor Felipe Ferreira, que entrou na APAE como voluntário. Pedagogo, leciona Educação Física e Arte há 12 anos, disse que o importante é trabalhar com muito amor e dedicação. Além disso, tem especialização em Arteterapia, seu projeto atual é utilizar sucatas nas aulas. 

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