Casos de reinfecção por coronavírus, em Alegrete, estão sendo analisados

O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN) está realizando exames para identificação do novo coronavírus (COVID-19)

A ciência já comprovou que é possível contrair o coronavírus duas vezes. O assunto é permeado de incógnitas. Apesar de ser possível contrair a doença duas vezes, isso não parece acontecer com muita frequência. Por outro lado, as novas mutações alertam para aumento do risco maior de reinfecção.

 

O Ministério da Saúde considera caso suspeito a pessoa com dois resultados positivos no exame de RT-PCR, que detecta a presença do vírus no organismo, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre as duas infecções.

O novo coronavírus tem passado por quase duas mutações por mês, e estas geram subgrupos de vírus, as cepas – segundo informações de especialistas divulgadas pelo Viva Bem. Até o momento, os poucos dados existentes a nível mundial mostram que a reinfecção é rara, mas pode ocorrer.

Em Alegrete, a reportagem falou com a responsável pela Vigilância Epidemiológica , Juliana Michael. Ela disse que já existe um caso em investigação, do ano passado. ” Notificamos esta semana uma nova possibilidade e ainda aguardo retorno do Centro de Operações de Emergências da Saúde (COE).

Juliana reiterou que a reinfecção é investigada quanto o indivíduo tem dois resultados de RT-PCR detectável, com intervalo maior de 90 dias entre eles. Somente, nestes casos, se dá início a investigação. “As duas amostras de PCR devem estar disponíveis para análise. O caso em análise do ano passado ainda não está encerrado” – completou.

“Muita gente que acha que já pegou covid-19 e está imune, e que isso seria como um passaporte para largar todas as medidas preventivas. A confirmação de casos de reinfecção (no Brasil) mostra que não: enquanto houver circulação do vírus, precisaremos manter as medidas preventivas e vai demorar um pouco mais para voltarmos a nossa vida normal”, destaca.

Outra informação também é em relação à vacina. É importante considerar que a vacina pode proteger da doença, mas não necessariamente do vírus, mesmo vacinadas, às pessoas precisam continuar usando máscara e, principalmente, não realizarem aglomerações. Estas medidas precisam ser seguidas até que a pandemia esteja controlada. Isso porque, mesmo que o indivíduo esteja vacinado, pode transmitir o vírus para quem ainda não recebeu a imunização.

Flaviane Antolini Favero