A guria de Alegrete que se tornou alambradora para ter trabalho e um salário digno

Vivemos num tempo de dificuldades, tanto pela pandemia que mudou as relações de trabalho e convivência das pessoas, e sobretudo com a falta de emprego em todas as áreas.

Mas a máxima que diz que em tempos de crise, crie, busquer caminhos é real, as pessoas vão trabalhando e conseguindo ganhar seu sustento.

E Giane Magalhães Leal, uma jovem de 27 anos foi uma das que viu sua atividade de cuidadora de idoso ser reduzida e teve que partir para outros serviços.  Como o pai e o irmão trabalham fazendo cercas, no interior de Alegrete, sem serviço aqui na cidade resolveu integrar a equipe e começou a ajudar nas atividades.

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De início conta que foi para fazer comida e depois partiu para ajudar a fazer cerca. Mas antes de espichar os arames, Giane também pega no mais pesado e ajuda, inclusive, a abrir buracos. E há três meses, que ela encarou este novo desafio e disse que pensou até em desistir, porque não é fácil .

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-Mas como não tenho medo de trabalho e preciso ganhar dinheiro para sustentar minha filha de sete anos, aprendo todo dia com meu pai e meu irmão. Também ouvi que não era serviço para mulher, mas quando a gente precisa, acho que não se deve escolher trabalho”.

A jovem conta que tá aguentando firme, porque o salário é bom e, além disso aprendeu um ofício dominado pelo mundo masculino.

-Eles me deram uma oportunidade e não me conformo só com a pensão da filha, arregaçei as mangas e fui à luta e agora já estou gostando. Como diz ser jovem e com vigor, não chega a cansar e está provando a si mesmo que mulher pode ser o que ela quiser.

Gika, como também é conhecida, sonha em estudar e nunca parar de trabalhar, e se possível aqui na cidade, para ficar perto de sua filha e da mãe que sempre a apoiou.

Vera Soares Pedroso