Ação integrada oferece tratamento médico para moradores da Praça Nova

 Uma ação integrada entre saúde e assistência social foi realizada semana passada em Alegrete.

Equipes do Caps AD e Agentes Redutores de Danos estiveram na Praça Nova conversando com um grupo de pessoas que vive em situação de rua. Outra equipe da assistência social prestou atendimento na Casa de Passagem e no Creas.

O objetivo foi o mesmo de outras ações realizada pelo município. A tentativa de estabelecer vínculos e encaminhar para tratamento aqueles que aceitarem a abordagem.

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Após um pedido do Ministério Público feito para a secretária de assistência social Iara Caferatti, foi organizada essa ação integrada.

Alguns adotaram o local e pernoitam na praça, outros catadores de recicláveis estão no local e a vizinhança cobrou a limpeza dos materiais recicláveis que ficam espalhados pelo interior da praça.

Conforme Nadia Mileto, diretora da Política de Saúde Mental e coordenadora da Equipe de Agentes Redutores de Danos, conjuntamente com a Atenção Básica, foi sugerido o uso de vaga, pois eles têm direito de juntar recicláveis.

Na abordagem muitas queixas foram feitas pelo grupo de pessoas que está vivendo nessa situação. Aos agentes foi relatado diversas dificuldades que eles passam. Muitos deles tem a disposição a Casa de Passagem, e não usam o serviço que a prefeitura oferece.

O serviço na Casa de Passagem funciona 24 horas e possui uma regimento interno, além de serviço de zeladoria, assistentes sociais e psicólogo que atendem as pessoas que buscam o serviço.

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De acordo com a diretora da saúde mental, será feito um pedido para acolhimento desses moradores em situação de rua na Casa, desde que se enquadrem no regulamento interno. Sobre queixas de que estariam pedindo dinheiro e até assaltando, eles próprios refutaram a acusação, alegando que o grupo deles não faz isso. Apenas os malabares recebem na sinaleira um troco espontâneo oferecido pelos motoristas.

A ação na Praça Nova rendeu o auxílio de tratamento para quatro usuários. Eles se comprometeram a passar por cuidados médicos. Foi disponibilizada consulta e avaliação psiquiátrica no terceiro turno das ESFs, mas nenhum aceitou.

A abordagem psicossocial aos usuários de entorpecentes que frequentam a Praça Nova, feita pela Equipe de Agentes Redutores de Danos, Caps Ad e a presença da Assistência Social foi relatada em documento ao Ministério Público.

Como tem sido feito costumeiramente, os redutores de danos levaram água mineral, máscaras e até escovas de dente se algum quisesse. Como são todos já conhecidos, a abordagem foi tranquila e o resultado foi positivo com 4 usuários que optaram por fazer um tratamento de desintoxicação.

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Após a desintoxicação, eles concordaram em ir para tratamento mais prolongado em Comunidade Terapêutica.
“Sugerimos aos colegas da Assistência social que retirassem a exigência rigorosa para entrada na Casa de Passagem, pois agora no verão, como custa anoitecer e essas pessoas dificilmente possuem relógios ou celulares, acabam se atrasando e pernoitando na rua sem uma alimentação”, explicou a diretora da saúde mental.
“Seguiremos as abordagens permanentemente em todas as vias públicas onde sabemos e somos informados de que ocorrem situações de grupos usuários, pois o papel principal dos Agentes Redutores de Danos é buscar estabelecer vínculos para posteriormente convencer a um tratamento”, concluiu Nádia.

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