
Ele foi atingido por tiros disparados por um grupo que planejava resgatar um detento em Quaraí, cidade localizada na fronteira com o Uruguai. Um segundo agente envolvido na escolta sofreu ferimentos leves e recebeu alta no mesmo dia.
Nesta quarta-feira, José Ricardo será submetido a uma cirurgia para reconstruir o ombro, afetado por um dos disparos. Um projétil permaneceu alojado próximo ao pulmão do agente, impossibilitando sua remoção imediata. Outro tiro atravessou a perna do policial.

“A situação mais grave já foi controlada. Apesar das dores no ombro, tenho recebido todo o apoio necessário dos meus colegas e da equipe médica”, afirmou o policial penal.
Com quase 15 anos de serviço, José Ricardo relatou que o ataque ocorreu ao chegar a uma unidade de saúde em Quaraí para uma consulta do detento. “Quando saímos da viatura com o preso, fomos surpreendidos por tiros disparados pelas costas. Tudo aconteceu muito rápido”, disse ele.
A ação criminosa envolveu pelo menos quatro pessoas, armadas com pistolas e uma espingarda calibre 12. Os suspeitos fugiram com o preso em um veículo, que mais tarde foi abandonado nas margens do Rio Quaraí. Policiais do Comando de Choque da Brigada Militar e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram mobilizados, com apoio de forças de segurança do Uruguai.
No dia seguinte, o detento foi localizado em Artigas, no Uruguai, junto a um comparsa. Também foram presas duas mulheres que davam suporte logístico e um adolescente de 17 anos, identificado como motorista do grupo. O jovem foi encaminhado à Justiça, que determinou sua internação provisória. As autoridades ainda buscam um quinto envolvido no resgate.
Com informações: Correio do Povo – por Marcel Horowitz