Alegrete: falta de máscara em bebê provoca reação em supermercado

Ainda há muitos questionamentos sobre o uso das máscaras, mas algo que não se pode negar é que a população aderiu ao mais novo acessório de proteção.

Porém, nesta semana, depois do decreto que tornou o uso obrigatório em lojas, supermercados, empresas, paradas de ônibus, entre outros locais que haja mais de uma pessoa, uma abordagem gerou constrangimento e a reação de um alegretense.

Ele comentou que a esposa foi com a neta de quatro meses em um supermercado e foi barrada na porta pois a bebê, não estava usando máscara. Mesmo com o argumento de que não tinha com quem deixar a criança e que a obrigatoriedade é a partir dos dois anos, a mulher foi barrada.

Por esse motivo entrou em contato com o PAT, para fazer esse alerta para que as empresas possam orientar os funcionários de que não há como um bebê usar máscaras.

A reportagem entrou em contato com o diretor do Procon, Geferson Maidana, e confirmou que o ideal é que as crianças permaneçam em casa para segurança delas, mas, nas exceções em que os pais e responsáveis precisam levá-las a supermercados, entre outros, a obrigatoriedade da máscara passa a valer a partir dos dois anos, conforme recomendação dos pediatras. Geferson mais uma vez reforça que a medida mais segura, principalmente para bebês, é se manter o mais longe possível de aglomerações.

Ao mesmo tempo, a reportagem falou com o alegretense, que já deu uma entrevista ao PAT e atualmente reside nos EUA.

Dinler Amaral Antunes, reside em Houston, nos Estados Unidos. O alegretense é bacharel em Biomedicina pela UFRGS, tem Mestrado e Doutorado pelo PPGBM/UFRGS e pós-doutorado pela Rice University (Texas/EUA). Ele que concluiu o ensino fundamental na Escola Demétrio Ribeiro e o ensino médio na Escola Emílio Zuñeda, conta que após um breve período fazendo cursinho em Santa Maria, passou no vestibular para Biomedicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Hoje, ele está realizando um pós-doutorado na Universidade Rice, focado no estudo da resposta imunológica contra o câncer, e seu uso para o desenvolvimento de imunoterapias.

O biomédico também opinou sobre o uso das máscaras. Ele acredita que ainda estamos na fase de ascendência da curva. Ainda acrescenta que cidades pequenas podem sofrer mais devido a pequena rede hospitalar, mas o uso de máscaras protege e deu resultado na contenção do vírus. “Ainda é cedo pra dizer, a obrigatoriedade começou agora nos EUA, assim como em Alegrete. Mas se eu tivesse que dar um palpite, diria que as pessoas podem se encorajar a ter mais contato umas com as outras, pois se sentem protegidas com a máscaras. Isso pode começar a ter mais casos, pois a proteção que a mascara confere, é apenas parcial, alguns estudos recentes estão encontrando o vírus no AR e no esgoto”- explicou.

A informação do alegretense é para que as pessoas não relaxem e tomem todos os cuidados. E, apesar do uso da máscara que ele acredita ser importante, as pessoas precisam ter o entendimento que o bom senso e o isolamento social, ainda é indispensável para que não haja uma propagação em massa.

“Não quero ser alarmista mas o brasileiro está muito desobediente e “saidinho” antes do tempo” – finalizou.

O decreto com a obrigatoriedade das máscaras está em vigor desde o último dia 27. Acima de dois anos, o uso é obrigatório para todos.

Imagem ilustrativa