Alegrete: Semana Arrozeira avalia balanço das perdas no Rio Grande do Sul

O evento foca nos desafios e cenários do agronegócio global.

A 16ª Semana Arrozeira de Alegrete abriu suas portas nesta terça-feira no Parque de Exposições Dr. Lauro Dornelles. O evento foca nos desafios e cenários do agronegócio global.

O presidente Vitor Pontes inaugurou oficialmente o evento, ressaltando a importância do conhecimento em um “ciclo bem complicado” e a necessidade de debater “novos ciclos” para o setor. Ele destacou a programação do Agro Educação, voltada para crianças, e o painel “A Força das Mulheres no Agro”, agendado para quinta-feira. Pontes também agradeceu aos patrocinadores.

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O prefeito Jesse Trindade, por sua vez, agradeceu os apoiadores e enfatizou a relevância do comércio local impulsionado pelo campo, citando que o ITR (Imposto Territorial Rural) é 100% destinado à manutenção das estradas. O prefeito mencionou seus esforços em Brasília, junto a outros prefeitos gaúchos, em prol da securitização e parabenizou a criação da diretoria de exportação.

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Neste ano, o evento integrou o programa Lixo Zero, contando com a participação de mulheres da cooperativa de catadores de Alegrete e coordenação da Beck Ambiental, evidenciando o compromisso com a sustentabilidade.
O painel principal, moderado por André Panziera (doutor em engenharia agrícola), trouxe como palestrantes Domingos Velho e Danielle Guimarães, ambos da Farsul.

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A economista sênior da Farsul, Danielle Guimarães, apresentou dados alarmantes sobre as perdas no agronegócio gaúcho devido às secas. Desde 2020, o Rio Grande do Sul acumulou perdas de 40,5 milhões de toneladas, resultando em R$ 106 bilhões que deixaram de ser faturados.

Danielle destacou que, entre 2020 e 2025, o estado registrou 43.711.468 perdas, sendo o único com tal impacto negativo no período.

Guimarães ressaltou que o agronegócio representa 45% do PIB gaúcho, e as perdas acumuladas equivalem a 50% de um ano do PIB do estado. Apesar disso, estudos da Farsul indicam que o agro gaúcho apresenta a menor inadimplência entre os produtores do país.

Diante do cenário, a economista da Farsul revelou que a dívida do agronegócio nos bancos que operam no RS é de R$ 72 bilhões, com R$ 25 bilhões vencendo neste ano. Em 2024, 66 mil produtores conseguiram renegociar suas dívidas. A proposta atual é uma linha de crédito especial, com 20 anos para pagar e juros de 5%, a ser viabilizada pelo Fundo Social do Pré-Sal, com 4,5% para o fundo e 0,5% para os bancos.

Fotos: Associação dos Arrozeiros de Alegrete

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