Alegrete tem o pior ano em número de carteiras assinadas desde 2002

Das 71 cidades gaúchas aferidas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Alegrete foi a 64ª. Os dados foram divulgados recentemente e trazem números negativos para o município.

Em 2019, Alegrete encerrou com um saldo negativo de 330 carteiras de trabalho assinadas. Foram 330 postos de trabalho formais a menos.

O Caged fez um levantamento desde que começou em 2002, e o ano passado é apontado como o pior ano para trabalho com carteira assinada em Alegrete.

Por outro lado, Itaqui, Manoel Viana, Quaraí, Rosário, Santana do Livramento, Santiago e São Francisco de Assis ficaram  com saldo positivo. Uruguaiana e São Gabriel tiveram saldos negativos também, mas, mesmo assim, menores que Alegrete. Alegrete ficou a frente de cinco cidades todas da região campanha, sul e metropolitana: Charqueadas, Pelotas, Bagé, Rio Grande e Canoas.
De acordo com a tabela de saldo de emprego formais de janeiro a dezembro, a série 2002 a 2019 do Caged revela números referente ao município de Alegrete.
Nunca nesse período a cidade ficou tão negativa como em 2019, dos -330, o pior ano tinha sido em 2015 quando atingiu menos 45 postos de trabalho formais a menos. Em 2017, a cidade fechou com menos 22 carteiras de trabalho assinadas. Os demais anos no período foram todos positivos. De 2002 quando iniciou o levantamento Alegrete encerrou com 42. Em 2010 bateu o recorde com 694. No ano de 2016 finalizou dezembro com 149 e 2018 se manteve com saldo positivo de 126 no saldo de empregos formais.
A reportagem do Portal Alegrete Tudo entrou em contato com o secretário de desenvolvimento Jesse Trindade que avaliou a situação do município em relação aos números divulgados pelo Caged.
Para o secretário, os últimos anos foram sempre no positivo o número de empregos na cidade e a recessão nacional claramente impactou nesse último ano nosso município.
“Existe um fenômeno em Alegrete, várias pessoas que perderam seus empregos abriram um novo negócio isso mostra o crescimento de 2017 até 2020 onde o número de alvarás saíram de 4.385 para mais de 5.000 alvarás ativos”, sustenta Trindade.
O secretário de desenvolvimento Jesse Trindade, diz que a cidade tem recebido muito estímulo de empreender e abrir seu próprio negócio mesmo em tempos difíceis. “A economia tem dado sinais já em 2019 de alavancagem e tenho certeza que 2020 os números vão reagir positivamente”.
Júlio Cesar Santos