Alunos destacam a gravidade do custo da passagem, que provoca a retração de alunos no IFFar

Chegar ao Passo Novo e, especificamente no Instituto Federal Farroupilha, é complexo. Há anos, viemos lutando para que nossos alunos tenham transporte adequado e possam frequentar as aulas em seus cursos.

Afirmou a diretora do campus de Alegrete, professora Ana Parizzi, na audiência pública, na noite do dia 28, na Câmara de Vereadores.

Presidida pelo vereador Itamar Rodriguez, a audiência teve momentos de desabafos e tensão. Com o plenário lotado de estudantes, com cartazes, alunos e comunidade se manifestaram sobre a preocupação com o novo preço da tarifa, que passou para 14,50 no trajeto de ida e volta, deixando alunos sem condições de bancar e, devido a isso, muitos deixando de ir às aulas.

O presidente do Grêmio Estudantil do IFFAr, Carlos Cordeiro, que representa 1.500 alunos, diz estar decepcionado com o Executivo. Isso porque, em audiência no início de fevereiro, ouviram do Vice-prefeito que deveriam buscar alternativas para chegar ao campus. Além disso, segundo o estudante, foi mencionado que o transporte público, com o tempo, vai acabar. “E mais, falou Carlos Cordeiro, que o Vice colocou: “não queremos que Alegrete seja uma cidade universitária. Foi a maior ignorância que ouvi”, disse o jovem que cursa TI no Instituto Farroupilha em Alegrete.

Por conta da irregularidade do transporte e, agora com o aumento do preço da passagem, a diretora do Campus, Ana Parizzi, enfatizou que muitos desistem de estudar, pois grande parte dos alunos está em vulnerabilidade social. “E nesta luta vou estar sempre ao lado deles,” salientou.

Cursando a segunda graduação no IFFAr, Elizabeth Paulista, falou da tristeza de ouvir colegas que não vão poder continuar estudando porque não têm como bancar o custo do transporte. “E que grande parte dos alunos tem acesso a meio salário mínimo,” informou. “Alegrete não sabe do valor e qualidade de um IFF como o nosso. Isso é muito preocupante e pareço não acreditar que não fazem nada para tentar a meia passagem pelo menos, para manter alunos em sala de aula.”

Alexandre Machado, na condição de servidor do Instituto, enfatizou que o representante do Executivo disse essas barbaridades porque são menores. Ele sugeriu que os gestores, como disseram aos estudantes, peguem um patinete ou coisas do gênero e saiam ao sol até o Instituto, numa rodovia estadual, para poder chegar ao campus.

Todos são unânimes que a tarifa, no mínimo, tem que ser meia para estudantes, o que é garantido em lei, porque não é possível ver jovens desistindo de estudar num IFF de excelente qualidade como o nosso, enfatizou o vereador Anilton Oliveira.

O vereador João Monteiro lembra que a lei existe para subsidiar transporte público, mas que infelizmente perdem prazos e quem sofre, se prejudica, são os que precisam estudar e não têm condições aqui em Alegrete e na Região.

O veredor João Leivas chegou na metade da audiência.

Como não houve representantes da Prefeitura na audiência, a CIDBES da Câmara vai juntar documentação e, se necessário, acionar o Ministério Público para garantir transporte público aos alunos do IFFar. O veredor João Leivas chegou na metade da audiência

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