Amigos e clientes da padaria Canto Doce se mobilizam para reconstruir a empresa

Na noite do último sábado(13), um incêndio de grandes proporções destruiu a padaria Canto Doce, na rua Luiz de Freitas, Centro.

Uma das filhas da proprietária Rosa Cariolato, fez uma descrição sobre a trajetória. Ela postou uma foto com os componentes da equipe quando iniciou a padaria na década de 1990. Mas destaca que a Canto Doce existia desde 1985, em frente ao antigo mercadão da CAAL.

À época era na casa dos avós Adão, Tarcila, da tia Marta e da mãe, Rosa. Eles vendiam pães caseiros, doces caseiros em calda e cristalizados, rapaduras de todo tipo e a famosa geleia de mocotó.

 

Mais tarde uma sociedade entre a mãe, ela e o pai de suas filhas inovou a Canto Doce, já no ano de 1998 e, eles mudaram para próximo aos Correios, ainda na Venâncio.

“De lá pra cá o Padeiro é o mesmo o “famoso” Roberto da Silva Oliveira, chamado de Roberto Padeiro. Pouco tempo depois Rosa assumiu a padaria e modernizou os maquinários e ponto, na então Luiz de Freitas 208.

“Os clientes continuaram sendo fiéis, aqueles que andavam KMs pra comprar geleias e doces e as bolachas do Alegrete. Minhas filhas cresceram nesse meio, auxiliava muitas vezes no atendimento, nossa família toda se reunia no final de ano para aumentar o quadro de funcionários e dar conta dos pedidos de peru e salgadinhos. A Canto Doce, ajudou muitas pessoas nesse tempo, passaram diversos funcionários, que saíram para oportunidades melhores e nos orgulhamos disto. Os funcionários sempre foram tratados como da família, nunca houve distinção, nossas refeições sempre foram juntas, assim como, dividimos as alegrias e tristezas de cada um deles.”- descreveu Rejane.

Nos dias atuais quem coordena a padaria é Roberto Cariolato da Silveira. “Ao ligar pra obter informações, o primeiro comunicado que recebi é que estavam todos juntos aguardando a mãe chegar, uma cena indescritível, sentimento de impotência ver tudo queimando e não poder agir. Somos realmente uma família, unidos em todos os momentos.

Canto Doce tem história sim, e vamos torcer que tudo recomece. Aqui nesse registro quero expressar minha gratidão a cada cliente, fornecedores, vizinhos, funcionários, família e amigos que dividem está história há mais de 20 anos conosco. Fé que tudo passe e que possamos olhar pra traz e dizer que foi um momento de mais uma superação. Obrigada novamente pelo carinho de todos com nossa família”- falou.

Ao falar com a reportagem, Rejane disse que perderam 95% da padaria. Mas também citou que estão recendo uma “onda” de carinho de muitas pessoas, nesse momento. Estamos bem tristes com o ocorrido, mas unidos. Uma corrente do bem se formou. Minha mãe é cardíaca, está em casa e só chora, estamos tentando ao máximo poupar o emocional dela. O atendimento eficiente e rápido do Corpo de Bombeiros foi efetivo para que o estrago não fosse ainda maior”- completou.

Todo relato de Rejane soma-se à campanha que está nas redes sociais. Através de amigos e do CTG Farroupilha, uma vakinha online foi criada para ajudar a família Cariolato. Nesta sexta(19), também haverá um puchero e um carreteiro em prol da padaria Canto Doce.

Abaixo, link da Vakinha Solidária.

http://vaka.me/1125191

 

Flaviane Antolini Favero