Astrônomo de Alegrete, da Unipampa, registrou a passagem de meteoro longo e brilhante no céu de Alegrete

O  alegretense José Eduardo Corrêa Nunes é astrônomo amador e cursa engenheira de telecomunicações – Unipampa. Fascinado por astrologia ele está acompanhando o céu alegretense.

No início da noite da última terça- feira (18/05), as 22h23 UTC (19h23 Horário Local), um meteoro longo e brilhante passou sobre o céu de Alegrete/RS e foi registrado por ele através da Estação (1200 – JCN1) de monitoramento de meteoro da Rede Exoss ligado ao Projeto CAMS.

O Sistema CAMS é ligado ao Instituto SETI da Nasa, onde visa formar um banco mundial de dados de meteoros, fornecendo dados para estudos e pesquisas ( http://cams.seti.org/ ) e José Eduardo faz parte.

Ele pontua que quem conseguiu visualizar esse meteoro, pode fazer o relato no site: exoss.imo.net , pois raramente eventos como esses acontecem de meteoros longos e com brilho intenso como o que passou aqui. Possivelmente regiões próximas da cidade de Alegrete também conseguiram visualizar esse evento- comentou.

Os meteoros são eventos que ocorrem  todos os dias, o Planeta Terra é bombardeado de fragmentos de detritos de rochas espaciais ou lixo espacial, contudo não é visualizado de dia pelo motivo de ter a presença da luz solar e também os detritos são muito pequenos e magnitude (Brilho) Fraco.

 

“Já ocorreram algumas visualizações de meteoros do tipo Fireball/Superbólido com brilho incrivelmente elevado no turno diurno por exemplo 15 de fevereiro de 2013 na Rússia, e outro avistamento durante o entardecer em 25 de Março de 2019 em Florianópolis/SC, mas são eventos muito raríssimos. Entrando no contexto do Termo Meteoro, é quando uma luz associada ao fenômeno físico resultante da entrada em altíssima velocidade de um objeto sólido do espaço em nossa atmosfera”- explicou.

 

Estudar meteoros é muito importante, pois quando ele é detectado, são realizadas as analises e as classificações do radiante que aquele meteoro faz parte (o que é um radiante? Ponto a partir do qual parece irradiar uma chuva de meteoros).” Os meteoros seguem um curso paralelo, porém do nosso ponto de vista a linha parece voltar para uma região, o radiante. O efeito é o mesmo dos trilhos de trem que parecem se unir no horizonte.

Embora os percursos permaneçam paralelos, eles parecem divergir a partir de um ponto. O nome das chuvas de meteoros é dado de acordo com a constelação em que está o radiante, algumas semanas atrás tivemos a visualização do pico (Auge/Aumento) de meteoros na Chuva de Meteoros Liryds, que tinha seu radiante na constelação de Lira), com os dados analisados e enviado a instituição de pesquisa e feito o estudo se é possível e se há algum novo radiante de meteoro e há algum perigo de colisão de algum fragmento de rocha, no entanto, as chuvas de meteoros podem oferecer uma pista”- comentou.

A Rede de Monitoramento Exoss, tem objetivos de registrar meteoros e desenvolver estudos astrométricos e astrofísicos, além de catalogar novos radiantes do hemisfério sul, colaborar com instituições de ensino e pesquisas contribuindo com a sociedade e incentivar a produção de artigos científicos.

Para obter mais informações sobre os tipos de nomenclaturas de meteoros acesse o nosso site que está logo abaixo na descrição.

SAIBA MAIS: http://press.exoss.org