Beber água em excesso, num curto espaço de tempo, pode gerar intoxicação 

A água é o principal componente das nossas células, mas também é encontrada fora dessas estruturas (líquido extracelular).

Beber água em excesso, num curto espaço de tempo, pode gerar intoxicação 
Beber água em excesso, num curto espaço de tempo, pode gerar intoxicação 

Ela é um importante solvente, que está relacionada com praticamente todas as reações do nosso organismo e que representa cerca de 60% do peso total do corpo de um indivíduo adulto e quase 80% do corpo de uma criança. Dessa forma, percebemos que a água é crucial para o funcionamento do corpo humano. No entanto, o que nem todo mundo sabe, é que o seu consumo em excesso pode gerar intoxicação. 

A intoxicação por água é um desequilíbrio que ocorre no organismo quando um indivíduo ingere água, de forma exagerada, num curto espaço de tempo. Essa ingestão em excesso sobrecarrega os rins, os quais não conseguem funcionar normalmente, gerando um quadro de hiponatremia – condição caracterizada pela diluição do sódio e outros eletrólitos a ponto de comprometer as suas funções. Também, o excesso de água no organismo faz com que as células tentem absorver mais água do que podem comportar, o que pode desencadear uma explosão celular, devido ao inchaço das mesmas. 

Entre os sintomas do problema, estão fortes dores de cabeça, confusão mental e, em casos mais graves, edema cerebral. Inicialmente, este problema ocasionado pelo consumo de água em excesso pode ser tratado com soro associado a eletrólitos, mas, caso não seja tratado, pode ser fatal, pois o sódio, além de auxiliar na circulação dos líquidos na parte externa das células, é um regulador da pressão arterial, contribuindo para o bom funcionamento dos músculos, entre outros benefícios. 

A quantidade exata de água que pode gerar o quadro de hiponatremia varia de pessoa para pessoa. O fato é que uma pessoa adulta pode processar até 15 litros d’água em um único dia, sem trazer malefícios para a saúde. É importante ter claro que se configura situação de risco quando o indivíduo bebe água, em excesso, em um curto espaço de tempo e, é mais preocupante, se ele possui determinados fatores de risco. 

Todavia, percebe-se que essa enfermidade é mais comum em crianças menores de seis meses e atletas. É o caso dos maratonistas, que, às vezes, acabam ingerindo uma elevada quantidade de água no final de uma prova. Segundo especialistas, uma forma de eles se prevenirem contra a hiponatremia é por meio da inserção de bebidas isotônicas na dieta, principalmente ao longo da corrida, uma vez que elas repõem os minerais no organismo. 

João Baptista Favero Marques 

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