Bode, solto em via pública, danifica veículo para se alimentar

Um dos mais conhecidos na Zona Leste é o “Bode Chico”

Bode solto em Alegrete
Bode solto em Alegrete

Um bode subiu em um veículo, na Avenida Caverá e danificou o capô do carro, em Alegrete.

De acordo com informações de moradores, o animal subiu no veículo para comer as folhas de uma árvore, porém deixou um prejuízo ao proprietário do Ford Ka. Por conta do peso, o bode amassou o capô.

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Um bode subiu em um veículo, na Avenida Caverá e danificou o capô do carro, em Alegrete.

O morador que procurou a reportagem,  não quis se identificar,  mas citou que todos já conhecem os bodes, porém,  os estragos nos veículos têm sido uma das constantes reclamações.  Ele não soube informar se os animais têm dono,  contudo , destacou que o responsável deveria ter um pouco mais de cuidado e cautela em largá-los para via pública. Os animais são dóceis,  passeiam pela Avenida e fazem a alegria de algumas crianças, mas a irracionalidade tem sido o problema quando se trata de carros e árvores.

Um dos mais conhecidos na Zona Leste é o “Bode Chico”. Ele foi tema de reportagem ao desfilar tranquilamente pelas ruas do bairro Ibirapuitã e entrar em uma farmácia. 

Da série, Amenidades do Cotidiano: Bode Chico visita farmácia na Zona Leste

Um bode subiu em um veículo, na Avenida Caverá e danificou o capô do carro, em Alegrete.

Saiba um pouco mais sobre bode (mitologia).

Utilizado em sacrifícios religiosos em muitas tradições do mundo, o bode tinha na simbologia pagã um significado divino de libido, força primeira e fecundante. O ritual do sacrifício do bode na antiga Grécia está na origem da tragédia, que significa “canto do bode”. Sacrificado nos rituais bíblicos do Antigo Testamento, o bode foi, nos tempos medievais, conotado com o demónio e a feitiçaria.

Em Israel, o bode era um dos animais preferencialmente escolhidos para expiar os pecados das tribos de Deus, concentrando-os simbolicamente na sua cabeça, e fazendo-os desaparecer pela sua morte em sacrifício, surgindo assim a figura e a expressão bode expiatório.

Os bodes eram assim identificados com os homens ou com os deuses. Uma das festas religiosas mais antigas de Atenas, a Apaturia, era representada por um deus vestido com uma pele de bode preto. O bode era o animal por excelência sacrificado nas festas do deus Dionísio, sendo identificado nesse sentido com o próprio deus. Este ritual era chamado de Canto do Bode, tendo sido a palavra “tragédia” a dar origem a esta forma de arte cénica.

Na mitologia grega, Dionísio transformou-se em bode na sua fuga para o Egito quando o Olimpo foi atacado por Tífon.

Em Roma, a divindade Mamuralia era também representada nas festividades dos idos de março por um homem vestido com uma pele de bode. As palavras capricho e Capricórnio resultam da raiz latina caper, que significa precisamente bode.

Um bode subiu em um veículo, na Avenida Caverá e danificou o capô do carro, em Alegrete.
Um bode subiu em um veículo, na Avenida Caverá e danificou o capô do carro, em Alegrete.

Apesar de mencionados na Bíblia e utilizados pelos Hebreus nos seus sacrifícios, os bodes foram depois utilizados pelas autoridades eclesiásticas cristãs da Idade Média como representações do diabo e do mal, talvez numa tentativa de erradicar a tradição do seu culto.

O bode passou então a ser associado às práticas de bruxaria e à própria luxúria, tornando-se impuro e maléfico. Nas representações do Juízo Final, os bodes eram colocados à esquerda em manada significando os condenados. Eram também apresentados como a montada das bruxas.

Apesar da condenação cristã medieval, o culto do bode não foi erradicado das tradições populares. No Mediterrâneo, existe a noção que o sangue de bode tem propriedades maravilhosas e é capaz de temperar o próprio ferro. Nas aldeias, o bode assume o papel de para-raios, que absorve tudo o que de mal pode acontecer deixando por isso tanto a aldeia como os seus habitantes a salvo. Na Escandinávia, ainda hoje se celebra o bode do Natal em palha o qual é sacrificado no fim do ano.