Canudos, “a mais querida”, completa 50 anos de glórias e conquistas

Foi no ano de 1971, às margens do histórico e lendário Rio Ibirapuitã,  que nasceu a Escola  de  Samba Unidos dos Canudos. Orgulho não só do bairro que lhe empresta o nome como de toda a cidade.

Representar o bairro nos acontecimentos carnavalescos da cidade e servir como entidade de lazer e cultura para seu povo, foi um dos objetivos dos fundadores da Escola. Hoje, a verde e branco, Unidos dos Canudos, completou 50 anos no último dia 2.

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Canudos possui o invejável título de tri-campeã do Carnaval alegretense. Com humildade, fé, sacrifícios e beleza, a escola carimbou seu nome na história do carnaval alegretense.

Aos dois dias de janeiro de mil novecentos e setenta e um nascia a Escola de Samba Unidos dos Canudos. Fruto do espírito criativo e idealista de um grupo de pessoas. Movidos pelo desejo de ressaltar a cultura própria e buscar no samba sua vitalidade e expansão.

Liderados por Darci Cruz, Olmiro Rosa Cardoso, Silvano Martins, Eli da Silva, Luiz Carlos Rosa Santos e outros, Canudos cresceu, conquistou a simpatia do povo e espalhou-se por toda a cidade.

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Nos seus cinquenta anos de história, trouxe para a Avenida variados temas, destacando-se as regiões do país. Brasil, Carnaval de todos os tempos, Copa do Mundo, O Mundo Maravilhoso do Circo, Despertar dos Sonhos, 10 anos de Glória e 150 anos de História, com os quais conquistou o título de primeira tricampeã do Carnaval de Alegrete e recebeu definitivamente o troféu Olinto Assis Brasil.

Nos seus primeiros anos, a escola de samba esteve em várias cidades do interior gaúcho, a partir de 1979 e nos outros dois anos seguintes, expandiu seu samba até o Uruguai, onde recebeu a consagração popular de mais de 10 mil pessoas, demonstrando com isso que a escola do humilde bairro atingira alguns dos objetivos a que se propunha.

Em 1982, por determinação interna da escola, não participou do concurso oficial de escolas de samba de Alegrete. E acabou convidada pelo Governador da província de Formosa para demonstrar pela primeira vez aos argentinos o samba brasileiro, ao vivo.

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Nesse ano, Canudos alcançou sua mais intensa consagração popular, pois sua bateria, suas alas, fascistas, mestre-sala, porta, bandeira e baianas, levaram ao delírio 30 mil argentinos, além das redes de televisões do país vizinho, publicarem os maiores elogios.

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Em 2002, a escola conquistou 3º lugar com o enredo Furacão Elis. Em 2007, campeã com enredo No Verde das Lavouras de Arroz. Já em 2008, a escola foi campeã com o tema “Nesse mar de sereias tem piratas, 2009, levantou o caneco “Com que Boi é esse.

Vice-campeã em 2010, contou o enredo “A riqueza que se busca, quanto vale, quanto custa. 2011, também ficoo com o vice, tema-enredo “Sete chamas do amor”. Em 2012, outro vice-campeonato com o enredo “Canudo samba com aroma de café. Em 2014, no último carnaval de rua do município, Canudos campeã, com o enredo, “Um Mago chamado Danilo”.

Canudos é uma legenda, uma história que se repete todos os anos no ritmo incomparável da maior festa popular, verdadeira bandeira que rasga tristezas, agita coração e encanta com suas cores.

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Atualmente a Escola de Samba Unidos dos Canudos é presidida pela professora Ilva Maria Borba Goulart, tendo como presidente de honra Nilton Paim, primeiro vice-presidente Joceana Teixeira Neves, vice-presidente Everaldo Pedrozzi, secretária Cleonice de Lima Xavier, conselho fiscal, Olinda Rocha, Terezinha Gomes, Ana Cristina Pansardi, Roseli Rodrigues, Leni Caldeira, diretora jurídica, advogada Rejane Ferreira e o carnavalesco Ênio Souza.

Para a presidente Ilva, são 50 anos de uma atuação comunitária, e de avenida. A professora relata que em função da pandemia uma extensa programação para marcar o cinquentenário que estava planejada foi suspensa.

No ano passado a sede da única escola de samba que possui local próprio recebeu reparos. Foi feita uma reformulação geral, inclusive do mobiliário. O que está sendo possível, graça a ajuda de fiéis colaboradores da verde e branco.

Mas a presidente é categórica em afirmar que assim que tudo isso passar, o som dos surdos vão ecoar na escola para comemorar ao lado da comunidade os 50 anos de glória. A diretoria fez uma visita para a canudense Leoni Caldeira, fiel colaboradora assim como sua família, que reverencia à Unidos dos Canudos.

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À frente da diretoria dos Canudos, Ilva fala da autonomia da escola para esse ano. Futuramente a verde e branco vai criar projetos sociais para a comunidade que nunca deixou de acreditar na força da sua escola de samba.

Júlio Cesar Santos                                                     Fotos: reprodução