
A defesa dos primos qualificados nos autos do inquérito emitiu uma nota de esclarecimento representada pela advogada Jo Ellen Silva da Luz, com o objetivo de trazer informações importantes que visam esclarecer os fatos e garantir a justiça no caso.
De acordo com a defesa, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência de Émerson Leonardi, um dos primos qualificados nos autos do inquérito policial, foram encontrados documentos que serão examinados pela polícia, além do seu celular, que foi apreendido. É importante destacar que a prisão de Émerson ocorreu sem qualquer resistência por parte dele.
A advogada acompanhou todo o depoimento de Émerson na delegacia, que durou mais de uma hora. Durante o depoimento, Émerson revelou informações desconhecidas até então pela defesa e pelos policiais presentes, buscando esclarecer diversas situações que ainda precisavam de explicações. A defesa está analisando e estudando esses detalhes para garantir a melhor assistência ao seu cliente.
A defesa apresentou à polícia diversos documentos que contêm informações importantes sobre as doações e o suposto problema existente entre Priscila e Émerson. As transações bancárias das doações monetárias estão devidamente justificadas por documentos assinados e com reconhecimento de firma em cartório. Além disso, há documentos médicos que atestam a capacidade e saúde do pai de Priscila, senhor Ildo Leonardi, responsável pelas doações.
A nota de esclarecimento destaca que as doações feitas pelo senhor Ildo não ocorreram próximo à sua morte, como algumas notícias têm propagado. Todo o processo de inventário foi entregue à polícia de forma completa e em formato digital, esclarecendo muitos pontos relevantes.
Outro aspecto importante é a apresentação de prints de conversas entre Émerson e Priscila, em que fica evidente que a ação de cobrança iniciada contra Émerson era desconhecida por Priscila. Esse detalhe é relevante e merece ser observado e estudado pela defesa.
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Situações do passado e do presente envolvendo familiares de Émerson e Priscila também foram esclarecidas pelas palavras do próprio Émerson durante seu depoimento. A defesa está empenhada em analisar todas as descobertas feitas até o momento, auxiliando a família de Émerson e Priscila a entender tudo o que está acontecendo. A verdade precisa ser totalmente esclarecida, pois é do interesse de todos os envolvidos.
Além da nota de esclarecimento, a advogada entregou à delegada Fernanda Mendonça um documento contendo diversos elementos que comprovam as alegações prestadas. Entre os documentos físicos e eletrônicos apresentados, destacam-se atestado médico de Ildo Leonardi, que declara sua plena capacidade mental; termo de responsabilidade assinado por Émerson, no qual ele se compromete com os cuidados para com o tio Ildo Leonardi; certidão do registro de imóveis de Ildo Leonardi; escritura pública de doação de fração de campo de Ildo Leonardi para Émerson Leonardi; certidão negativa do Émerson Leonardi da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens; documento de Ildo Leonardi; declarações assinadas e com firma reconhecida por Ildo Leonardi, nas quais ele menciona suas doações monetárias para Gabriela Leonardi e Andressa dos Santos, acompanhadas de documentação que comprova as movimentações bancárias; arquivo de conversas e fotos entre a prima e Priscila, demonstrando a boa convivência familiar e o registro fotográfico de momentos em que Priscila estava na cidade; e prints da conversa entre Priscila e Émerson, evidenciando que Priscila não sabia da ação de cobrança pela casa e mencionando que resolveria o assunto no período em Alegrete.
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A defesa ressalta que há mais documentos a serem juntados, mas que ainda não foram disponibilizados até o momento. Portanto, requer acesso aos autos do Inquérito Policial com urgência, de acordo com a súmula 14 do STF, para que possam ser analisados pela defesa e auxiliem no esclarecimento de outras dúvidas que possam surgir.
A advogada se coloca à disposição para esclarecimentos futuros, à medida que o inquérito e o processo criminal avançarem, reforçando o compromisso da defesa em trabalhar da melhor forma possível para garantir uma solução justa aos interessados.
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Relembrando o caso,
Priscila Leonardi, enfermeira de 40 anos, estava desaparecida desde 19 de junho, e seu corpo foi encontrado às margens do Rio Ibirapuitã, em Alegrete, no dia 6 de julho. Ela ficou desaparecida por 17 dias. As investigações apontam Émerson Leonardi, primo de Priscila, como o principal suspeito da morte e ocultação do cadáver.

Uma das linhas de investigação da Polícia é financeira, e mais detalhes serão divulgados na conclusão do inquérito. Um mandado de busca e apreensão foi expedido pela Justiça e tem validade de 30 dias.
Priscila era enfermeira e morava e trabalhava em Dublin, na Irlanda, desde 2019. Ela estava visitando Alegrete quando desapareceu. O caso chocou a população quando sua morte foi anunciada pela polícia. A enfermeira foi vista pela última vez em 19 de junho, após sair da casa de um primo, com o objetivo de ir para a casa de uma prima localizada a 5 km de distância, onde estava hospedada. O corpo da enfermeira foi encontrado no último dia 6, e a perícia revelou que Priscila foi vítima de estrangulamento e apresentava lesões causadas por espancamento.
É importante ressaltar que as informações fornecidas são baseadas na nota de esclarecimento emitida pela defesa dos primos envolvidos no caso. As investigações policiais estão em andamento, e os detalhes finais serão apresentados com base nos resultados das investigações e do processo criminal.
Veja nota:
