Cepal cria o Jardim da Paz para atender crianças com TEA e dar suporte às mães

CEPAL terá rede de apoio para mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Ao falar em maternidade e paternidade, além das experiências de vida de cada um, pode-se encontrar diversos livros e materiais de apoio na internet para vivenciar o momento da chegada de um filho.

No entanto, não existe uma receita pronta e prática para esse momento, que costuma ser o mais significativo na vida de uma pessoa. Cada um conduz da melhor forma possível.

Nem sempre se pode diagnosticar o TEA em uma criança recém-nascida, pois depende do nível do transtorno (que pode ser leve, moderado ou severo).

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Alguns casos obtêm um diagnóstico rapidamente, porém existem outros casos em que, devido ao nível, os diagnósticos acabam sendo mais demorados.

Ao longo do processo de descoberta do transtorno, muitos pais passam por diversas situações bastante difíceis. Atualmente, os pais e familiares até encontram com mais facilidade informação e conhecimento sobre o TEA, o que os auxilia bastante. No entanto, o conhecimento acaba por não ser suficiente para aliviar as dificuldades e desafios que uma criança com o transtorno traz para a vida desses pais.

O relato é de que na maioria dos casos, as mães acabam ficando sozinhas com toda a responsabilidade, o que denota a necessidade de uma rede de apoio maior.

No CEPAL, a professora de Educação Física, Jaqueline Copetti, doutora em Educação em Ciências conversou com a reportagem na companhia do vice-presidente Nelson Assumpção dos Santos e da terapeuta TRG – Maria Mendes.

Eles destacam o espaço recentemente criado chamado de Jardim da Paz, o qual servirá para o desenvolvimento das atividades com o objetivo de trabalhar com as crianças com TEA e dar suporte às mães. O grupo AMA – Ajuda Maior ao Autismo terá atendimentos com vários profissionais: psicóloga, fonoaudióloga, terapeutas, professoras de anos inicias e professores de educação física e outros colaboradores, todas as terças e quintas.

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Jaqueline explicou que soube da missão que foi exposta em 2020 para o vice-presidente. E logo depois veio a pandemia de forma mais intensa, assim o grupo retorna neste momento de forma muito mais intensa e efetiva.

Eles explicam que o objetivo é dar assistência e formar uma rede de apoio às famílias e, principalmente, às crianças com transtorno do espectro autista.

Nas últimas décadas, as pesquisas relacionadas ao TEA aumentaram consideravelmente, de modo que as intervenções oferecidas às pessoas autistas sejam cada vez mais eficazes.

É notório que a ciência deva se debruçar sobre questões relacionadas ao desenvolvimento de pessoas autistas, mas não devemos nos esquecer que, ao lado de cada criança com autismo, existe um pai e uma mãe que, em muitos momentos, também precisam de suporte, tanto psicológico, quanto psiquiátrico, uma vez que quadros de depressão e ansiedade são comuns entre os pais.

O acolhimento refere-se a respeitar as dores e as lutas de cada família, compreender que muitas vezes estão esgotados fisicamente e emocionalmente; por isso, preferem, em alguns momentos, se isolarem do mundo para não serem alvos de críticas ou conselhos capacitistas.

Sendo assim, ter uma rede de apoio unida e fortalecida é, sem dúvida, um dos pilares mais importantes para uma família que tem um filho com TEA, principalmente para a mãe, que, na maioria das vezes, desempenha uma infinidade de papéis em sua rotina, em que, além de cuidar do filho, na grande maioria dos casos, continua estimulando a criança em casa, independente das terapias que frequenta.

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Então, pensando nessa demanda, o grupo AMA , foi elaborado com o objetivo de promover um espaço além da escuta para as mães que têm filhos autistas. Visamos à troca de experiências, ao acolhimento e às possíveis soluções para as questões relatadas no grupo, tendo em vista as especificidades de cada um, mostrando a cada uma que, apesar das dificuldades, é possível recomeçar mesmo diante de tantas inquietações.

Jaqueline explica que todos os pais que procurarem o CEPAL, terão o acolhimento e passarão por uma entrevista, além da observação da criança para saber quais as necessidades de atendimento, pois cada um tem uma característica diferente. “Será um trabalho baseado na estimulação global de desenvolvimento da criança”-citou.

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A intenção é fazer um trabalho de no mínimo uma vez por semana com cada criança, nesse primeiro momento pela manhã (9h às 11h) às terças e quintas, mas vamos buscar horários à tarde – comentou.

Para isso, o grupo que está iniciando, sendo todos voluntários como: Mariana; Fernanda; Ana Paula; Maria; Nelson; Murilo; Jaqueline; Vera; Andreia ; Andrielle e Helena, destacam a importância de outros pessoas integrarem o grupo.

Com relação ao TRG – Terapia de Reprocessamento Generativa, realizado pela terapeuta Maria Mendes, ela ponderou que é aplicada por meio de técnicas sendo: cronológica; somática; temática; método futuro e potencialização.

A TRG é uma terapia de resultados breve focada e orientada para a resolução de problemas emocionais e psicossomáticos, será destinada para o auxílio as mães.

Quem desejar participar deve procurar o CEPAL, junto à Estação Férrea. As entrevistas e observações das crianças iniciam a partir do próximo dia 2 de fevereiro.

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