Cinoterapia, a terapia com o auxílio de cães, chega à Santa Casa

Cida e Raio são dois cães que têm a capacidade de compartilhar emoções com as pessoas. Eles pertencem a AtendeVet, uma Clínica Veterinária que sempre atende aos chamados da Ong Opaa, (Organização de Proteção Animal do Alegrete), que é outra parceira da Santa Casa no projeto de Cinoterapia, Terapet.

Apesar de ser estranha para a maioria das pessoas, essa palavra possui um significado muito simples. “Cino” vem do grego e quer dizer “cachorro”. Cinoterapia nada mais é do que a terapia feita com o auxílio de cachorros. A Cinoterapia iniciou no Brasil na década de 50, introduzida pela psiquiatra e pesquisadora Dra. Nise da Silveira, que sempre acreditou que os cães são facilitadores no processo terapêutico.

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Cida e Raio estiveram na Unidade de Saúde Mental da Santa Casa, na manhã do dia 26, quinta-feira, quando ficaram por aproximadamente uma hora com pacientes selecionados e requisitantes por participar do projeto. Esse foi o primeiro de muitos encontros que deverão acontecer a cada 15 dias e que muito irão contribuir com os pacientes da Unidade. “Dentre os benefícios da terapia com cães, destacamos a melhora de quadros de depressão, maior adesão ao tratamento, menor tempo de internação, estímulo mental, físico e emocional”, explica a doutora Daiana Paz, residente em psiquiatria na Santa Casa e idealizadora do projeto. “Já nesse primeiro encontro notamos e os pacientes nos relataram que foi muito agradável estar com os cães e trocar carinho e atenção”, disse.

As visitas são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, composta de médicos residentes em Psiquiatria, com o preceptor responsável, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, educador físico e arte educadora.

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É importante salientar que a Santa Casa segue protocolos rígidos de segurança bem estruturados e pautados na legislação do Estado, criado em novembro de 2021 e está amparado pela Lei 15.352, de 2019, que permite a visitação de animais domésticos e/ou de estimação em hospitais privados, públicos e conveniados com o Sistema Único de Saúde – SUS.

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“Outra exigência é que os cães estejam com as vacinas em dia e com laudo do médico veterinário e terem sido banhados e tosados no mínimo até sete dias antes da visita para poderem entrar no hospital. O transporte dos animais precisa ser feito em caixas apropriadas”, garante Carolina Dorneles Trindade, enfermeira do Serviço de Controle de Infecção da Santa Casa

Para Nara Leite, da Ong Opaa, este primeiro encontro foi de muita emoção, pois este é um reconhecimento de que os animais tem o poder de aproximar as pessoas e proporcionar qualidade de vida. “Essa é uma bandeira que sempre carregamos e que está despertando na sociedade: o respeito a esses seres e o quanto eles contribuem para a educação e para tratamentos médicos”, comemora.

Conforme o provedor da Santa Casa, Roberto Segabinazzi, a médio prazo, a ideia é ampliar esse projeto para demais unidades e pacientes do hospital. “Queremos que pacientes internados e que ficam por longo tempo longe de casa, possam também, receber visitas coordenadas dos seus pets”, informa o presidente.

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