Covid provoca mais dor; óbitos não param no domingo

Na tarde deste domingo, mais um paciente perdeu o combate contra o novo coronavírus. O homem, de 40 anos, estava na UPA, desde o dia 4 de fevereiro, segundo informou a Secretaria de Saúde do Município. A confirmação feita de mais esta morte, em decorrência da Covid-19, à reportagem do PAT, infelizmente corrobora com as previsões realizadas, pelo estatístico alegretense Marco Rego, que estas primeiras semanas de março, seriam de um aumento expressivo nos casos positivos e também nos óbitos. Marco, é responsável pelos gráficos da Secretaria de Saúde e vem de forma minuciosa expondo todos os índices relacionados ao vírus e já fez vários alertas em períodos que indicavam maior número de aglomerações. Desta vez, em relação ao feriadão de Carnaval, não foi diferente. Muitas pessoas que saíram do Município podem ter trazido uma nova Cepa que está muito mais contagiosa. Por esse motivo, o fato de não ter viajado e não ter aglomerado em qualquer período, não deixa ninguém isento do vírus, pois muitas pessoas vão ao supermercado, usam o transporte coletivo, vão a bancos e demais locais onde alguém possa, mesmo que assintomático, transmitir a doença.

 

Somente neste domingo, foram quatro mortes de pacientes positivos e uma de um homem que a Secretaria de Saúde aguarda o resultado. Mesmo assim, Alegrete, contabiliza, até o momento, o maior número de óbitos em um único dia relacionados ao vírus. Nestes sete dias de março, o Município registrou 11 mortes confirmadas, o que representa 77, desde o início da pandemia, há um ano.

A reportagem falou com a Dra Marilene Campagnollo que é Diretora Técnica da Santa Casa e está na linha de frente desde o início. O questionamento foi se teria alguma relação com a falta de leitos, como vem acontecendo em outros Municípios e se nesse número óbitos, algum paciente estaria aguardando leito para UTI, pois alguns estavam na UPA. A médica reiterou o que foi enviado pela Direção da Santa Casa em uma nota, na semana passada, onde expôs o momento crítico e explicou que houve um aumento e adaptações de leitos para que nenhum paciente ficasse sem atendimento e, mesmo em leitos fora UTI Covid, tanto no Hospital de Campanha, como na UPA, há uma estrutura com ventilação mecânica e não aconteceu, até o momento, de perdas de pacientes por falta de atendimento ou de leitos. Mesmo assim, é mais do que necessário que haja a compreensão da população neste período, onde esta segunda onda, avassaladora, está ceifando vidas. Os cuidados sanitários e distanciamento social devem ser mantidos. O vírus está mais agressivo e letal. Os pacientes estão chegando muito mais graves, independente da idade e comorbidades- completou.

Os pacientes positivos tinham 40,48,80 e 82 anos, já a morte com suspeita, foi registrada em um homem de 58 anos.

 

Flaviane Antolini Favero