Detentas do Presídio de Alegrete confeccionaram enfeites natalinos para órgãos públicos

Casas enfeitadas, músicas alegres, comida farta e atos de solidariedade são elementos essenciais para se preparar para o Natal. Em dezembro, mensagens de amor ao próximo enchem o coração da população, mas, este ano atípico em razão da pandemia do novo coronavírus, provocou mudanças em vários setores e períodos, comemorações e, com o Natal não está sendo diferente.

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Entretanto, uma ação realizada pelas assistentes sociais do Presídio Estadual de Alegrete com o apoio do Conselho da Comunidade, através da Presidente Maíra Marques e doações da comunidade, resultou em belíssimos enfeites natalinos. O trabalho confeccionado apenas pelas detentas do regime fechado, tiveram como destino o Fórum, Ministério Público e Defensoria Pública de Alegrete.

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Em entrevista com a assistente social Flávia Fonseca Abreu, ela explicou que o PEAL não tem um espaço específico, mas a ação teve como objetivo inserir uma tarefa que agregasse neste período de pandemia e auxiliasse no tempo ocioso, além de ser  terapêutico para as apenadas. O projeto idealizado pelas assistentes sociais, Flávia e Gicelda Soares, teve um resultado muito positivo. Durante um mês as detentas produziram os enfeites que ficaram lindos e deram um toque muito especial neste período natalino no Fórum e também no Ministério Público e Defensoria Pública.

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Dentre os pontos positivos, Flávia citou que na última leva em que as apenadas receberam o material para confecção, pois elas também, tiveram acesso aos moldes, foi uma pesquisa questionando se elas tinham aprovado a iniciativa e, a resposta foi muito satisfatória. Elas enviaram bilhetes descrevendo como foi a experiência relatando a importância da coletividade. Algumas destacaram que não sabiam costurar, mas que as colegas de cela auxiliaram, assim como, no acabamento entre outras dificuldades. Cada uma expôs que naquele período, houve mais união e também aprendizado. Finalizaram agradecendo a iniciativa e sugerindo mais ações. No total, foram mais de 80 enfeites confeccionados pelas apenadas, hoje são oito. “Esse projeto também é um grande avanço para elas, pois tem o efeito terapêutico, além de ser um piloto para novas idéias para o próximo ano” – completou Flávia.