Depois de denúncias formuladas nas redes sociais e na imprensa sobre algumas irregularidades na empresa de ônibus Fronteira Oeste, o diretor proprietário, Rodrigo Perini, compareceu na manhã da última segunda-feira (5), através da iniciativa da Presidente Firmina Soares/PDT e foi conduzido até o plenário pelo vereador Bispo Ênio Bastos/Progressistas, ocupando espaço na sessão ordinária, para esclarecer os fatos.
O empresário falou aos vereadores que algumas palavras que foram ditas sobre a empresa, não foram verdadeiras. Que presta serviço público em caráter emergencial porque o município estava à beira de um colapso no transporte coletivo.
Perini informou ainda que sua empresa é de Uruguaiana e que nunca atuou sem alvará, seguindo todos os trâmites e que tinha em seu poder a comprovação da documentação. Destacou que proporciona 52 empregos diretos na cidade. ”Nossa empresa está legal e com os impostos em dia”, reiterou.
Os vereadores questionaram o diretor Rodrigo sobre o atendimento da empresa. O vereador Fábio Bocão interpelou o diretor, afirmando que tudo que foi levantado sobre as irregularidades na empresa, quanto ao material de PPCI e alvarás, foi comprovado.
O vereador Itamar Rodriguez focou nas reclamações que chegam diariamente pelo não cumprimento do horário, prejudicando professores e funcionários que têm horário para chegar no trabalho. Ele citou especificamente o caso do bairro José de Abreu, um bairro distante e os usuários enfrentam sérios problemas para acessarem o transporte.
Rodrigo Perini esclareceu que o transporte é um todo e se tem algum horário pontual que não está funcionando a contento, a empresa vai corrigir e até a questão dos atrasos. Informou também que está tratando com a prefeitura para ampliar a frota ofertada.
A vereadora Dileusa Alves citou as questões pontuais que devem ser resolvidas. Em função da diminuição da frota circulando aos sábados e domingos, a vereadora sugeriu a unificação das linhas.
Em sua participação, o vereador Anilton Oliveira ponderou que a empresa tem de comprovar seu alvará na Secretaria específica. E disse concordar com o vereador Eder Fioravante, que sugeriu uma audiência pública on-line para debater o transporte coletivo na cidade.
Para Anilton, a prefeitura não licitou o transporte público, as linhas continuam com serviço provisório e cabe à administração municipal exigir o alvará e o cumprimento da legislação. Já o vereador Moisés Fontoura disse de sua sugestão a prefeitura para a criação de um grupo de estudos que busque alternativas e planejamento em caso de enchentes que ocasionem o bloqueio da Ponte Borges de Medeiros. Como ficaria a situação do transporte coletivo com este cenário, questionou.
Ficou acertado que as questões levantadas sobre as linhas em operação, tempo de espera dos usuários e horário de funcionamento certamente serão focalizadas mais detalhadamente em futura audiência pública.
Júlio Cesar Santos Fonte e Fotos: assessoria da CMA