É expressivo o número de moradores de rua que rejeitam atendimento da Assistência Social

Embora uma das principais causas de algumas pessoas permanecerem nas ruas seja a não aceitação de ajuda, a prefeitura não abre mão de realizar um trabalho junto às pessoas em situação de rua.

Existe um local específico que oferece abrigo temporário, mas muitos rejeitam a ideia e negam auxílio oferecido. E é exatamente este tipo de serviço que os agentes redutores de danos, estão realizando no mínimo duas vezes por semana durante a pandemia do novo coronavírus.

Um trabalho na linha frente e de extrema necessidade está abordando dependentes químicos em situação de rua.

Durante a semana que passou foram dois dias alternados num esforço de equipes da Saúde Mental(Redutores de Danos, SAMU Mental, Caps Ad, Serviço Residencial Terapêutico, que dialogaram com diversas pessoas que estavam em pontos já conhecidos dos agentes.

A conversa direta explicou a rede de serviços que o município oferece para pessoas nestas situações. O objetivo é conseguir que algumas pessoas aceitem o tratamento para superar a dependência química.

Conforme a coordenadora da Saúde Mental Nádia Mileto, a ronda social tem sido eficaz nas abordagens e as dificuldades são em conseguir convencer as pessoas a aceitarem um tratamento com acompanhamento no Caps Ad. Muitos deles se evadiram do convívio familiar e alguns rejeitam sistematicamente as abordagens para aceitarem tratamento.

O Plantão Social funciona pelo telefone 991 484037, atendendo todas aquelas pessoas que estejam em situação de rua. Já o SAMU Mental atende 24hs, pelo 991 553363, casos de drogadição e alcoolismo, além dos casos de saúde mental.

Além de todos estes cuidados, os agentes estão incentivando os moradores em situação de rua para os cuidados na prevenção ao coronavírus. A profissional salienta que mais pessoas precisam de muito amparo da rede psicossocial, principalmente com o retorno do frio, o que preocupa bastantes as equipes de servidor

Conforme levantamento junto aos agentes de todas as drogas as mais letais têm sido as lícitas como cigarro e bebidas alcoólicas. A coordenadora enfatizou que o número de pessoas dependentes é muito assustador. Mesmo com todo acesso ao tratamento para tabagismo como adesivo e medicamentos, a maioria só procura o órgão quando tem um diagnóstico de uma doença ou um alerta que serve mais para um ultimato.

“O alcoolismo tem sido um problema muito grande que vem a se somar com a depressão, não para dizer qual é o que originou primeiro, pois muitas pessoas passam a ingerir mais bebida alcoólica na tentativa de  desopilar e esquecer os traumas, mágoas, dificuldades, tentam esconder ou se esconder, porém, o resultado é ainda mais agressivo e muito mais complexo” – explicou.

Júlio Cesar Santos