Morador conta que em mais de 40 anos nunca viu nada igual no local. Glênio Rocha, de 66 anos, ressaltou que quando era jovem chegou a beber água da sanga, conhecida como Restinga.
Milhares de lambaris morreram no local. Os moradores das adjacências que frequentam o lugar com regularidade dizem que pescavam os lambaris, para consumo. Estão assustados com a mortandade. O fenômeno teria iniciado na última quinta-feira(11).
Na tarde de sexta-feira(12), a reportagem do PAT recebeu a denúncia e foi in loco verificar o caso. Na sanga, que segundo os moradores, era possível tomar da água há alguns anos e que as crianças pescavam e tomavam banho cerca de cinco dias atrás, a cena é lamentável. Além de uma raposa, que também, teria se aproximado para saciar a sede, morreu.
Nas imediações, há vários outros animais como patos, cavalos, vacas que não se pode precisar se aquela água poderia causar alguma reação no organismo. Seu Glênio comentou que na manhã de quinta ao passar pela sanga percebeu os primeiros peixes mortos e depois foi aumentando considerávelmente. Um outro jovem que acompanhou a reportagem disse que há cinco dias tinha pescado e levado muitos lambaris para casa, o consumo era uma prática regular de muitos, assim como, as brincadeiras que as crianças faziam na sanga.
No início não há lambaris mortos a concentração maior é perto de uma saída que, conforme o morador, é esgoto que corre a céu aberto do bairro Nilo Soares Gonçalves. Eles disseram que a possibilidade é que além do esgoto que já estava sendo direcionado para a sanga, pode ter algum produto tóxico.
“Nunca tinha visto nada parecido em toda minha vida, fiquei assustado” – completou Glênio. Um outro morador das proximidades Marcos Xavier comentou que no primeiro dia a quantidade era bem reduzida, mas de um dia para o outro foi aquele acúmulo. Durante o período em que a reportagem esteve no local foi possível presenciar alguns lambaris se debatendo e morrendo, por falta de oxigenação.
O assoreamento da sanga também é outro dado que chama bastante a atenção. Em alguns lugares o mau cheiro fica muito evidente.
Em contato com a Secretaria do Meio Ambiente do Município, a Secretária Gabriela Segabinazzi, comentou que até aquele momento não havia recebido nenhuma denúncia sobre a mortandade. Mas de imediato enviou um equipe(fiscais), para que fosse feita a verificação do que pode estar causando este fenômeno. Ela destacou que tem muitos fatores que podem contribuir e influenciar em uma morte expressiva, por esse motivo será feito uma análise e posteriormente emitido um laudo sobre o caso.
(córrego que seria esgoto)
Acompanhe abaixo o vídeo feito no local.
Flaviane Antolini Favero