No período das investigações, foram constatadas 44 inserções de dados falsos em sistemas informatizados da Secretária Municipal. Pacientes realizavam exames, consultas e até cirurgias sem respeitar a fila de espera.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou, na segunda-feira (25), oito pessoas acusadas de participarem de um esquema para furar a fila no Sistema Único de Saúde (SUS) em Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo.
Conforme as investigações do MP, entre janeiro e dezembro de 2017, o vice-prefeito Alcindo Francisco Iser, os ex-secretários municipais Eliana Maria Giehl e Martin Fernando Nyland, os vereadores Eduardo Wanilson Martins Viana e Marcelo Rodrigues de Carvalho, os ex-assessores parlamentares Gelson Fernandes de Moura e Anselmo Eli Ferreira Júnior, e a servidora pública Adriane Mueller, se uniram para modificar a ordem da fila do SUS na cidade para favorecer eleitores que os procuravam.
O G1 tenta contato com os acusados.
O grupo foi denunciado por organização criminosa, pois havia distinção de tarefas entre cada um deles para cumprir as promessas de viabilizar a realização de exames e consultas de graça, e sem que fosse necessário aguardar na fila de espera obrigatória.
No período das investigações, foram constatados 44 inserções de dados falsos em sistemas informatizados da Secretária Municipal de Vera Cruz. Os pacientes realizassem exames, consultas e até cirurgias sem qualquer obediência à fila de espera ou critérios objetivos.
Conforme o MP, houve casos de pessoas que conseguiram agendamento com apenas alguns dias de espera, enquanto outros pacientes aguardavam pelo mesmo procedimento por mais de quatro anos. Por isso, os acusados vão responder também pelo crime de peculato eletrônico.
Em dezembro de 2017, uma operação do Ministério Público afastou de suas funções cinco políticos de Vera Cruz. Um mês depois, a Justiça revogou a decisão e determinou o retorno dos políticos investigados.
Fonte: G1
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