O adeus distante das vítimas da Covid deixa as despedidas mais dolorosas

Nos últimos dias, as perdas têm assolado famílias. O sentimento de dor e fragilidade pela falta de uma despedida com todo ritual de um velório, de ver e estar perto o máximo de tempo possível deixa uma lacuna, que para muitos, no momento, é incompreensível. Algumas pessoas que são vítimas do novo coronavírus, já estão hospitalizadas há dias, o que impede qualquer aproximação.

Com 150 mortes pela Covid-19, até o último Boletim Epidemiológico, Darci Paula da Silva, conhecido como Gatiado foi uma das vítimas da doença que entraram para estatística do Município de Alegrete. Porém, a sua trajetória deixou um legado de amor e benevolência que serão as lembranças mais lindas a partir de agora de todos àqueles que o conheceram e conviveram com o aposentado. Familiares, amigos e vizinhos do bairro Macedo lamentam muito a perda de mais um alegretense.

 

A neta, Ana, falou com o PAT e sintetizou dizendo que o avô era uma pessoa amável, sempre disposto a ajudar o próximo.”Não há dor maior do que ter de dizer adeus aos que amamos. Nem há saudade tão eterna como aquela que nasce com o luto. Carinhoso, para ele não tinha tempo ruim. Era um pai, avô amado por todos familiares e amigos. Gatiado estava com 69 anos. O  apelido carinhoso recebeu dos amigos e familiares. Ele estava internado na UTI da Santa Casa de Alegrete desde o último dia 15 de março e há três dias tinha sido intubado. Meu avô deixará muita saudade aos filhos, netos e bisnetos.”- completou Ana.

As últimas homenagens foram através da Funerária Angelus e o sepultamento ocorreu, neste domingo(28), no Cemitério Municipal de Alegrete – sem velório.