O PAT quer conhecer seu pet| Scooby, uma amizade que ultrapassou barreiras

Ter um pet diminui o risco de depressão e patologias relacionadas ao estresse.

Há mais ou menos dois anos, a alegretense Sabrina Peccin foi morar em Santa Maria para estudar. Infelizmente, ela descobriu que estava com depressão e ansiedade e, mesmo com tratamento, o cotidiano estava muito difícil. 

Cobrança de dívida provoca agressão física e “troca de pedradas”

Tudo mudou em março de 2022, quando Sabrina decidiu dar um lar temporário a um cachorrinho atendido pela ONG Patas Amigas (composto por um grupo de mulheres que auxilia animais). Essa organização sempre precisa de voluntários que ajudem a cuidar dos animais enquanto estes não encontram famílias que os adotem. 

Aconteceu que alguns dias depois, um cãozinho perdido na BR, magro, com pulgas e carrapatos foi encontrado. A ideia inicial era que Sabrina o acolhesse por uma semana. Ela estava convicta de que não poderia ficar com ele, pois viajava para Alegrete constantemente e também por achar que era uma responsabilidade muito grande ter um pet naquele momento. 

Mãe descreve a dilacerante dor da perda do filho para depressão e faz alerta a outras mães

 

A semana de acolhida terminou, o cão passou a morar com outra voluntária, logo seria castrado. Ninguém teve interesse em o adotar, então ele passou a morar novamente com Sabrina. Durante as duas semanas que se seguiram, ela sentiu o impacto positivo que o cachorrinho teve em sua vida. 

Essa família só quer comida e um teto digno

A companhia e o afeto foram mais eficientes do que o tratamento que fazia há um ano com antidepressivos. Só o fato de ter que passear com ele três vezes por dia já fazia com que ela se movimentasse e saísse de sua zona de conforto. Sabrina conversou com os pais para ter uma ideia se realmente seria bom para ela.    

Os pais foram contra a adoção, mas ela queria. Só precisava de um detalhe: saber se o cachorrinho iria se adaptar às viagens. Sabrina conseguiu com a ONG Patas Amigas uma caixa de transporte e vieram para Alegrete. 

Quando os pais de Sabrina viram o cãozinho logo se apaixonaram por ele. Pedro Scooby foi o nome que a ONG deu e que foi mantido. Quando voltou para Santa Maria, descobriu que passou em um curso na Universidade Federal de Rio Grande e que iria embora realizar o sonho de entrar em uma universidade pública.

Ela ficou com muitas incertezas, queria a companhia de Pedro Scooby, mas estava com medo de uma viagem tão longa de ônibus, 8h30min. Sabrina escolheu o amor e a amizade, então, levou seu cãozinho para Rio Grande. Ela relembra que adotar um pet é ter responsabilidade, recursos e consciência de que é um ser que depende de seu tutor. 

No dia 14 faz um ano que Scooby chegou pela primeira ao seu apartamento, um ano morando juntos, inseparáveis. Sabrina diz: “Tenho cada vez mais certeza de que ele é o pet ideal pra mim, nos damos bem, ele é calmo e ama dormir, como eu, adora deitar no sol… Digo que ele é meu parceiro”. E fica claro que ele é só amor, conquista a todos, sejam meus familiares, amigos e até vizinhos.

Os grandes amigos

E foi sem planejar, em meio a diversas mudanças, que Pedro Scooby chegou, tutora e pet se completam, até mesmo nos pequenos pensamentos, são apaixonados por Alegrete e outras coisas. Ela diz que se vê mais feliz por ter encontrado um ser impactante, principalmente pela forma que se encontraram e permanecem até hoje… juntinhos.

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários