
Os trabalhadores, incluindo um adolescente, foram encontrados em condições análogas à escravidão, alojados em um galpão de madeira sem as mínimas condições de higiene e segurança.
Dois indivíduos responsáveis pela propriedade e um suposto aliciador dos trabalhadores foram localizados e presos em flagrante durante a ação. Após passarem por audiência de custódia, os três obtiveram liberdade mediante pagamento de fiança e estabelecimento de medidas cautelares, conforme informado pelo advogado de defesa, Miguel Garaialdi. Eles devem responder pelo crime de redução de ser humano a condição semelhante à de escravo, porém, seus nomes não foram divulgados.
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Segundo as investigações da Polícia Federal, os trabalhadores estavam submetidos a condições extremamente precárias. Alojados em um galpão de madeira improvisado, dormiam em um ambiente sujo, sem condições mínimas de higiene, com a fiação elétrica exposta, e sem qualquer segurança. O delegado Vinicius Barancelli, responsável pela operação, relatou que os trabalhadores foram contratados para atuar na produção de arroz e na aplicação de agrotóxicos na propriedade.
“Nove trabalhadores que estavam alojados numa espécie de barraco de madeira em situação absolutamente desumana. Realizamos entrevistas com eles e percebemos que eles estavam lá para o trabalho em lavoura de arroz, na aplicação de agrotóxicos”, afirmou o delegado Barancelli.
A investigação teve início após uma denúncia e contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Civil. Os trabalhadores resgatados são originários de cidades da Fronteira Oeste do RS e possuem idades entre 17 e 34 anos. Após o resgate, foram encaminhados de volta para suas residências e receberam suporte do MPT, que adotou as medidas necessárias para garantir seus direitos trabalhistas.
A operação destaca a importância da atuação conjunta entre os órgãos de fiscalização e investigação para combater a prática do trabalho escravo no país. O resgate desses trabalhadores evidencia a necessidade contínua de vigilância e ação por parte das autoridades para garantir a dignidade e os direitos fundamentais dos trabalhadores, bem como a responsabilização dos envolvidos na exploração laboral.
Fonte: G1