Outro desgarrado do pago já definiu data para voltar para sua gente

Alegretense desgarrado anseia por retorno às raízes: a história é de Luiz Peres Mattive.

Prestes a completar 66 no próximo dia 24 de novembro, ele deixou a cidade natal, Alegrete, há 12 anos, em busca de oportunidades de emprego. Com uma sólida experiência como serralheiro e soldador, mas sempre trabalhando informalmente ou em escassos empregos temporários em cooperativas, Luiz viu em Caxias do Sul uma chance de recomeço.

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Em 2011, o alegretense encontrou emprego em uma empresa totalmente diferente de sua área de expertise, na Tabone, onde começou a trabalhar com plástico. Após anos de dedicação, Luiz decidiu deixar o emprego este mês, enquanto aguarda sua aposentadoria, que se avizinha. Com a esperança de retornar a Alegrete, ele e a esposa, Sandra Erdmann, agora se preparam para reformar a casa que ficou fechada por muito tempo no Baita Chão.

A vontade de retornar está fundamentada na saudade e no amor pela simplicidade e tranquilidade que Alegrete oferece. Luiz, um apaixonado pescador e caçador, tem uma ligação profunda com a natureza e o estilo de vida rural. Ele anseia pelas festas animadas, pelos bailes e pela paz do interior, longe do barulho e da agitação das cidades grandes. A nostalgia o envolve quando lembra do calor humano das reuniões familiares e dos momentos compartilhados com amigos de longa data.

A história de Luiz e Sandra é marcada por uma reviravolta emocionante. Eles foram vizinhos em Alegrete, cada um casado com seus respectivas cônjuges. Após nove anos de casamento, Luiz se separou, enquanto Sandra, acompanhada de suas filhas, mudou-se para Caxias do Sul em busca de trabalho. O destino os uniu novamente quando Sandra, sabendo da presença de Luiz na mesma cidade, decidiu visitá-lo. Esse encontro em Caxias, os levou a morar juntos desde 2011, construindo uma história de amor e companheirismo.

Durante esse tempo em Caxias do Sul, Luiz teve a oportunidade de estudar e se formar em mecânica industrial, embora nunca tenha exercido a profissão formalmente. Apesar das oportunidades oferecidas pela cidade, o chamado de suas raízes e o desejo de voltar para casa tornaram-se irresistíveis.

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Agora, enquanto aguardam o momento propício para retornar a Alegrete, Luiz e Sandra planejam reacender suas paixões: a pesca, os acampamentos e a música. O alegretense, habilidoso tocador de gaita, anseia por se reunir com suas irmãs, sobrinhas e amigos para compartilhar momentos festivos e reviver a alegria de sua juventude.

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O casal tem filhos de relacionamentos anteriores, alguns em Alegrete e outros em Caxias. Embora a distância geográfica tenha criado divisões físicas, eles se consideram uma família unida, com seis filhos no total. A saudade da filha que reside em Alegrete é uma das principais razões que impulsionam Luiz a querer voltar. Sua ânsia por reunir a família e recriar laços perdidos é evidente.

O alegretense desgarrado espera ansiosamente o dia em que poderá reacender o fogo de chão em sua terra natal, onde a lareira aquece não apenas o corpo, mas também a alma.

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