
Com o isolamento social e as restrições impostas a bares e restaurantes, como o de funcionamento apenas para delivery ou retirada no local, os serviços de tele-entrega não decolaram durante a pandemia da Covid-19.
Quem pode ou consegue observar o movimento nas ruas de Alegrete logo repara o grande número de entregadores pela cidade, mas a demanda tem entrado em declínio desde o início da bandeira preta no município.
Com o comércio de portas fechadas, o movimento foi considerado baixo e nos últimos dias não é diferente. A reportagem do PAT contatou diversos pontos de tele-motos espalhados pela cidade.
Embora no primeiro Decreto Municipal impedisse o serviço de tele-táxi, hoje depois de mais de um ano o serviço é realizado normalmente no município. Uma corrida na zona central custa entre R$ 6 e R$ 7. Já para alguns bairros mais afastados do centro o preço pula para R$ 8. Para o transporte de passageiros, modalidade que reduziu drasticamente, o valor pode chegar a R$15.
Com 32 colaboradores, uma das pioneiras neste tipo de serviço, a empresa viu seus clientes desaparecerem desde o início da pandemia. Nos últimos meses o movimento decaiu. Apenas as tele-entregas tiveram seguimento, mesmo que num ritmo não tão esperado pelos trabalhadores nessa área.
Para atravessar a cidade usando uma tele-moto pode custar R$ 15, preço praticado entre todos pontos procurados pela reportagem. A suba nos combustíveis interferiu nos preços praticados pela categoria. Em viagens mais longas, o preço por km pode chegar aos R$ 2,50.
Em meio a tudo isto, os motoboys que normalmente ficam expostos a mudanças de clima e temperatura, carga horária exaustiva, risco de assaltos e de acidentes, atualmente também estão expostos a possibilidade de contaminação. Entre os entrevistados não houve relato de contaminados.
Com a cidade quase parada, eles esperam por dias melhores e que a tão esperada demanda nos serviços de tele-entrega aqueça os próximos dias de bandeira preta.
Júlio Cesar Santos