Passarela sobre os trilhos sofre com vandalismo e falta de manutenção

A passarela pouco é usada, muitos preferem passar por baixo.A estrutura que tem 17 anos foi uma grande conquista no ano de 2002, quando foi construída, através de um projeto idealizado pelo então vereador, Iauri Severo Dias. Com muito esforço para ligar e privilegiar os transeuntes que precisam ir da região central até à Vila Nova, um dos maiores bairros da cidade, Iauri, à época, não envidou esforços e conseguiu com Eliseu Padilha, Ministro do Transporte, a verba que, com a contrapartida de 30% da Prefeitura, concretizou-se a passagem.

 

Passarela Gregório Barbosa Campos, localizada sobre os trilhos da Rede Férrea, desde o início não teve muita aceitação da população. Por receio, muitos ainda destruíam as cercas e se arriscavam ao passar pelos trilhos que ainda tinha passagem de trens. A Estação Ferroviária da cidade de Alegrete, construída em 1924,  serviu de cenário durante décadas para viajantes de todo o estado, do  país e até dos países fronteiriços. A  decadência do transporte ferroviário no final dos anos 80, teve como consequência a suspensão dos trens para passageiros, permitindo que a Estação perdesse sua função e  a cidade, o empobrecimento de uma classe social, silenciando sua forte vocação de cidade ferroviária. Porém, a passagem se mantém e é um benefício a todos os alegretenses, naquela região.

Durante todo esse período a passarela está totalmente esquecida. A robusta estrutura pensada e projetada para que a população pudesse de forma segura passar de um bairro ao outro, pois ela fica entre as ruas Coronel Inácio Jaques, Duque de Caxias e, na sequência, Carlos Gomes. A passagem está ficando sucateada em razão do vandalismo, mau uso e da pouca manutenção.

Muitas pessoas usam o local para consumir drogas, fazer as necessidades fisiológicas, além de relatos de outras situações mais constrangedoras, como relações sexuais. Um relógio, que era uma das belezas do local, foi destruído há anos. A corrosão em muitas partes da estrutura, principalmente, ocasionada pela urina, já compromete a passagem. Hoje, muitas crianças que estudam no IEEOA passam por ali, mas no final da tarde e à noite, ela é usada pelas pessoas que usam o local para outros fins. O lugar também carece de iluminação, mas os relatos de assalto são nas imediações.

Diante desse quadro, a reportagem entrou em contato com o secretário Jetter Danzer de Souza, que esta ciente da situação e irá realizar uma vistoria. Se o orçamento for compatível com a pasta, ele irá realizar os consertos, caso contrário, terá que ser realizada uma licitação.

Enquanto isso, fica a recomendação para todos preservem esse bem público e denunciem o vandalismo e a depredação.