Perícia confirma ato sexual em corpo de mulher encontrado fora do túmulo em Gravataí

Mulher, de 49 anos, foi encontrada por familiares fora do túmulo no dia seguinte ao enterro. Laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmaram a presença de esperma no corpo.

Laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmaram a presença de esperma no corpo de uma mulher, de 49 anos, que foi encontrado fora do túmulo, em novembro, na cidade de Gravataí, na Região Metropolitana. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (10) pelo delegado responsável pelo caso, Márcio Zachell.

De acordo com o delegado, o esperma foi encontrado tanto na região vaginal, quanto na região anal do cadáver. O material é de um mesmo indivíduo.

“Houve essa ação de natureza sexual com o cadáver. Próximo passo é a verificação e a comparação desse perfil genético, através de exame pericial com algumas pessoas [que estiveram no local do crime no mesmo horário] que serão encaminhadas à coleta desse material, bem como uma comparação no banco de dados de perfil genético do RS”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, a confirmação caracteriza o crime como vilipêndio a cadáver, com pena prevista de um a três anos de detenção.

Túmulo foi violado em novembro, no cemitério do Rincão da Madalena — Foto: Polícia Civil / Divulgação

Túmulo foi violado em novembro, no cemitério do Rincão da Madalena — Foto: Polícia Civil / Divulgação

Relembre o caso

O corpo foi encontrado seminu por familiares na manhã do dia 11 de novembro, em uma segunda-feira, no cemitério Rincão da Madalena, em Gravataí.

Ela havia sido enterrada no sábado, dia 9 de novembro. A vítima era aposentada por invalidez, devido à Síndrome de Raynaud e com esclerose sistêmica. No sábado, ela foi levada ao hospital Dom João Becker com insuficiência respiratória.

Sem responder ao aumento do oxigênio, ela teve a morte atestada por volta das 11h40. O funeral ocorreu às 9h do dia seguinte, no domingo, e, às 11h, o corpo foi enterrado.

Na segunda-feira, a irmã da vítima recebeu a ligação de uma cunhada pedindo que ela fosse ao cemitério. “Quando cheguei o corpo não estava dentro do caixão. Estava tudo quebrado”, conta.

“A gente achou um pouco estranho porque o caixão ficou acima da terra. Colocaram pouca terra, bem ralinho”, descreve a irmã da vítima.

Fonte: G1