Pesquisa aponta que 60% dos profissionais do SUS estão com sintomas de exaustão em Novo Hamburgo devido à pandemia

Levantamento foi feito pela Universidade Feevale com profissionais que atuam no combate à Covid-19. Foram entrevistadas 63 pessoas, entre enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e equipe de apoio.

Uma pesquisa feita pela Universidade Feevale aponta que 60% dos profissionais do Sistema Único de Saúde que atuam no combate ao coronavírus em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, estão com sintomas de exaustão.

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Ao todo, foram entrevistadas 63 pessoas, sendo 44 profissionais de enfermagem, 11 de medicina, um de fisioterapia e sete de apoio. O estudo aplicou questionários de percepção de estresse e indicadores de saúde mental, além de entrevistar o profissionais entre os dias 13 e 20 de junho.

A pesquisa selecionou funcionários indicados pelo Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH), referência no SUS para o enfrentamento da doença município e região.

Os resultados dessa primeira fase foi divulgado na terça-feira (11), são eles:

  • 60% possuem escores compatíveis com exaustão
  • 40% com indicações de adoecimento psíquico
  • 41% possuem nível elevado de percepção de estresse
  • 49% indicam distanciamento de suas atividades

 

Na semana que antecedeu as entrevistas, os profissionais trabalharam 35 horas na linha de frente da pandemia.

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“Foram citados, como dificultando a atividade profissional, o uso de equipamentos de proteção individual por um longo período, o isolamento dentro do próprio hospital, pois não se pode acessar outras áreas como copa e banheiros, além do risco da própria contaminação do profissional, além temores e culpa relacionados às famílias, tanto pelo distanciamento, quanto pela proximidade, que aumenta a chance de contágio”, pontua um dos responsáveis pela pesquisa, o professor Rogério Lessa Horta.

Foram entrevistadas 63 pessoas, sendo 44 profissionais de enfermagem, 11 de medicina, um de fisioterapia e sete de apoio.  — Foto: Reprodução/RBS TV

Foram entrevistadas 63 pessoas, sendo 44 profissionais de enfermagem, 11 de medicina, um de fisioterapia e sete de apoio. — Foto: Reprodução/RBS TV

Fonte:G1