Péssima notícia para quem bebe, mesmo moderadamente, o álcool é nocivo em qualquer quantidade

Falar sobre a ingestão de bebida alcoólica entre pessoas, fora do circuito científico, é impossível extrair unanimidade de opinião sobre o assunto.

O que é respeitado pelo PAT, entretanto, o conteúdo abaixo é um novo olhar sobre o tema e foi veiculado recentemente em importantes canais de comunicação e tem embasamento em renomados órgãos de pesquisa. O tema surgiu recentemente, como uma pauta, depois de uma recomendação feita no Canadá.

Principalmente em períodos que há grandes eventos e muitas comemorações, em grupos, ou em ocasiões mais restritas, e o consumo de álcool pode ser em doses mais elevadas, alguns psiquiatras realizam alertas, entre eles uma recente mudança na recomendação no consumo de álcool. Novos estudos no Canadá chamam atenção pelo rigor, conforme o documento. A única quantidade segura de álcool é zero – nenhuma gota.

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O Brasil, segundo pesquisa feita pelo PAT, segue recomendação da OMS de que nenhuma quantidade é segura, entretanto, há um valor considerado moderado para pessoas totalmente saudáveis.

Diferentemente do Canadá, o Brasil não tem um consenso determinado por uma entidade médica nacional, mas segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que também afirma não existir um padrão de consumo de álcool que seja absolutamente seguro.

O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) considera que uma dose padrão corresponde a 14g de etanol puro no contexto brasileiro. Isso corresponde a 350 ml de cerveja (5% de álcool), 150ml de vinho (12% de álcool) ou 45ml de destilado (como vodca, cachaça e tequila, com aproximadamente 40% de álcool).

Já a OMS define como dose padrão 10g de etanol puro, e recomenda que homens e mulheres não excedam duas doses por dia e que se abstenham de beber pelo menos dois dias por semana.

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Pela diretriz canadense, a quantidade de uma dose para mulher e duas doses para homem como limite, também é considerada uma quantidade baixa, mas por semana, e não por dia, como indica a OMS.

“É necessário considerar que o Canadá é uma potência em termos de guidelines [diretrizes] de saúde. No campo da comercialização da maconha, foi o primeiro país com grande economia a legalizar, e faz estudos muito sérios”, avalia Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do Cisa.

“Esta sobre o álcool é uma recomendação dura e forte — e é claro que não sou contra, são considerações feitas com base em estudos científicos. Mas deve-se também considerar o ponto de vista sociocultural — dependendo do país, é algo muito fácil de ser quebrado. Se um casal divide uma garrafa de vinho em um jantar comemorativo, já está fora do limite”, afirma Guerra.

“Então, as recomendações como as da OMS e as canadenses, que são bastante rígidas, refletem uma verdade para maioria da população, já que não há valores bem definidos de qual seria o consumo seguro de álcool em todas as situações”, complementa o médico.

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De acordo com o presidente do Cisa, o mesmo vale para quem tem doenças psiquiátricas.

“Pacientes com doenças como depressão, ansiedade e esquizofrenia não deveriam consumir álcool. E se eventualmente, em uma celebração, a pessoa beber uma taça, isso significa que vai afetar o quadro psiquiátrico base? Não necessariamente. Mas o uso binge [bebedeira] e regular é totalmente contraindicado”, afirma Guerra.

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