Prefeitura vai ao INCRA reivindicar melhorias para os assentamentos de Alegrete

No documento entregue ao Incra, a prefeitura pede a melhoria nas condições de vida dos produtores que vivem no meio rural

Prefeitura de Alegrete Incra

Uma comitiva alegretense formada pelo prefeito Márcio Amaral, o vice Jesse Trindade e o secretário da Agricultura e Pecuária, Daniel Gindri, estiveram em audiência na quinta-feira 1º de julho, em Porto Alegre, na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Eles foram recepcionados pelo superintendente Gilmar Tiebohl Rodrigues, para reforçar algumas demandas do município de Alegrete, com forte presença na agricultura familiar e em pequenos e médios produtores rurais.

Alegrete conta com dois projetos de assentamentos de reforma agrária, o Novo Alegrete e o Unidos pela Terra, ambos localizados no 2º subdistrito do município, distante mais de 50 km da zona urbana, onde vivem 101 famílias, distribuídas em uma área de aproximadamente 2.420 hectares, e que segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, vivem em condições de extrema necessidade. Famílias as quais sobrevivem apenas da agricultura de subsistência, em que, quase que exclusivamente a única arrecadação é aquela que é gerada através do cultivo da terra e da criação de animais.

Prefeitura de Alegrete Incra

O prefeito Márcio Amaral reiterou que em um projeto anterior ao ano de 2011, proposto pelo Incra, foram perfurados três poços tubulares e planejada a rede de distribuição de água potável para ambos os projetos de assentamento. Porém, levando em consideração o relevo, complexidade do sistema e a extensão da obra, não foi possível a sua conclusão, ficando apenas perfurados os três poços, com seus respectivos reservatórios. “Com o passar do tempo, ocorreu que um destes poços sofreu degradação acarretando na irregularidade da água, tornando-a imprópria para o consumo humano, porém os outros dois poços estão em condições ideais de uso da água segundo relatórios de ensaio do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA)”, explicou.

Conforme o secretário de Agricultura e Pecuária, Daniel Gindri, tendo em vista a ampla extensão da região onde estão localizados os assentamentos, e a irregularidade do relevo, o governo municipal está propondo a confecção de oito novos poços artesianos somando-se aos dois que restaram do projeto anterior, subdividindo a região e abastecendo aproximadamente 10 famílias por poço, fazendo com que se torne mais fácil a implantação dos sistemas, uma vez que não seria necessária a construção de sistemas de recalque e de alívio de pressão que ocorrem em redes hidráulicas de distribuição de água com grandes extensões. “A subdivisão também facilitaria na manutenção dos sistemas, haja vista que, com menor número de residências dependentes de cada poço artesiano a vazão necessária por dia é menor, e mesmo com altas estiagens a probabilidade de interrupção da distribuição de água potável torna-se quase que nula”, argumenta Gindri.

O vice-prefeito Jesse Trindade, citou que há um programa aberto pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, o qual descreve a priorização de projetos para implantação ou recuperação de estradas vicinais, rede elétrica, saneamento básico e sistemas de distribuição de água para assentamentos de reforma agrária. “Seria muito importante a aplicação desta proposta para o desenvolvimento da região, onde há famílias necessitadas, e que em sua grande parte não possuem água potável de qualidade para o seu consumo. Diante da falta de água que assola as referidas comunidades, há grandes prejuízos aos moradores, tirando seus direitos como cidadãos”, reitera.

No documento entregue ao Incra, a prefeitura pede a melhoria nas condições de vida dos produtores que vivem no meio rural, onde não existe rede de abastecimento de água, ressaltando as demandas de fornecimento de água potável em quantidade significativa e suficiente, possibilitando desde o consumo in situ, quanto a sua utilização para dessedentação animal e produção em pequenas escalas. “Assim, a construção destes poços artesianos em muito beneficiará estas comunidades, uma vez que a água é imprescindível à sobrevivência”, diz o ofício.

DPCOM

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