Psicólogo é investigado por estupro de vulnerável durante consultas em igreja de Gravataí

Acompanhadas dos responsáveis, meninas de 11 e 12 anos relataram episódios à Polícia Civil. Suspeito de 75 anos aguarda investigação em liberdade. Conselho Regional de Psicologia acompanha caso.

Um psicólogo de 75 anos foi preso temporariamente, na segunda-feira (24), por suspeita de estupro de vulnerável contra duas meninas, de 11 e 12 anos, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O homem foi ouvido pela Polícia Civil acompanhado de um advogado e negou os crimes. O suspeito foi solto após o depoimento e aguarda a investigação em liberdade.

A polícia não divulgou o nome do indivíduo, uma vez que as investigações estão em andamento.

Segundo a delegada Fernanda Generali, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), o homem teria cometido os abusos durante sessões de atendimento voluntário em uma igreja entre os meses de junho e julho. O psicólogo não atenderia mais no local, aponta a investigação.

“Teria sido mediante toque, mas como as meninas são menores de 14 anos, qualquer conduta de natureza sexual configura estupro de vulnerável”, diz a delegada.

O psicólogo está com registro profissional ativo. O Conselho Regional de Psicologia (CRP-RS) afirma que está à disposição da investigação e que tomará as medidas previstas em regimento caso os crimes sejam comprovados. Veja a nota completa abaixo.

De acordo com a Polícia Civil, novas medidas, como uma eventual prisão, só devem ocorrer mediante decisão judicial.

Relatos

O primeiro relato foi feito por uma das meninas, que teria sido tocada durante atendimento. Depois, a DEAM tomou conhecimento de um caso semelhante registrado em outra delegacia, verificando se tratar do mesmo profissional. As duas meninas estavam acompanhadas dos responsáveis quando as ocorrências foram registradas.

“Como nós tínhamos esses relatos semelhantes e a desconfiança de que poderia ser o mesmo indivíduo, nós solicitamos a prisão temporária”, explica a delegada.

Segundo as meninas, o psicólogo fazia atendimento voluntário vinculado a um grupo de uma igreja do município. De acordo com a delegada Fernanda Generali, a igreja disse que o homem já havia encerrado os atendimentos voluntários no local.

Nota do CRP-RS:

“O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRPRS) tomou ciência de investigação policial que apura possível violência sexual cometida por psicólogo durante seu exercício profissional. Desde o conhecimento do fato, este conselho profissional se colocou à disposição da Polícia Civil para análise da situação e providências cabíveis, observando-se a competência legal de cada órgão. Ressaltamos o compromisso do Sistema Conselhos de Psicologia com a promoção dos direitos humanos e com a eliminação de quaisquer formas de violência, opressão e exploração.

Neste sentido, informamos que serão tomadas todas as medidas previstas regimentalmente se identificadas situações de violência no âmbito do exercício profissional, além dos encaminhamentos legais que já estão sendo realizados pela Polícia Civil para apuração dos possíveis crimes.

Em caso de dúvidas ou denúncias, recomendamos que a categoria e a sociedade entrem com contato com a equipe técnica do CRPRS pelo e-mail [email protected].”

Fonte: G1

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