
“É o poder de Deus na minha vida, é a resposta das orações de tantas pessoas, é a alegria de meu corpo ter aceitado esse tratamento”, disse Aline. Esta vitória, ainda que parcial, simboliza um passo significativo em um caminho repleto de desafios. O soar das badaladas é um ato simbólico que marca a despedida das sessões de quimioterapia e o despertar para uma nova vida de quem, por muito tempo, passou por tratamento.
Aline foi diagnosticada com câncer e desde então enfrentou uma série de tratamentos. “Ainda tenho um longo caminho, ainda não é a remissão, mas é mais um passo dessa grande trajetória que me trouxe tantos aprendizados, tantas lutas, tantos joelhos no chão”, refletiu Aline. Ela destacou que, apesar das adversidades, sentiu mais ganhos do que perdas ao longo de sua jornada.
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O tratamento não foi fácil. Aline passou por diversas intercorrências durante a quimioterapia, que resultaram em várias internações. Sua imunidade baixa a expôs a uma bactéria e uma pneumonia, além de um ganho de 12 quilos e outras sequelas que ainda carrega. “Teve noites que ao invés de orar eu deitava e chorava, e hoje vejo que aquela foi a minha oração mais sincera”, revelou.

Ao longo de sua caminhada, Aline encontrou pessoas que lhe deram força e outras para as quais ela teve que ser a força. Essas experiências a ajudaram a compreender os propósitos de Deus em sua vida. “E não foi só o soar de um sino, foi mais que isso. É o poder de Deus na minha vida, é a resposta das orações de tantas pessoas, é a gratidão por ter conhecido e compartilhado essa trajetória com tantas pessoas queridas”, afirmou.
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Os médicos ainda consideram cedo para falar em remissão completa do câncer. Aline não pode se declarar curada, mas celebra cada etapa vencida. “Comemoro sim cada etapa vencida, e saber que dessa vez meu corpo venceu essa, meu coração transborda de alegria, fé e gratidão”, disse.
Aline conclui que, em meio a tantas dificuldades, as conquistas foram numerosas. “E se for falar em perdas, não tive quase nenhuma, comparado a tantos ganhos que o câncer me trouxe”, refletiu.
Este momento de celebração, simbolizado pelo soar do sino, é um marco significativo na caminhada dela, representando não só uma vitória contra a doença, mas também a manifestação do poder da fé e da resiliência em sua vida.
A alegretense enfrenta a jornada de superação que começou em agosto de 2023, quando iniciou exames para confirmar um nódulo suspeito. O resultado, obtido no mês seguinte, revelou um câncer de mama invasivo, levando-a a passar por uma mastectomia total, após a descoberta de quatro nódulos, incluindo metástase na axila.
“Quando descobri o câncer, chorei muito. Não era o medo da morte em si, mas a sensação de não ter vivido o bastante. Eu achava que já era tarde demais para realizar tantas coisas aos 38 anos, e nesse dia só pensava o quanto era cedo”, compartilha Aline.
