Os resultados dos principais indicadores mostraram uma tendência à acomodação na comparação com os registros do mesmo trimestre em 2022 e também em relação aos resultados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e à média nacional.
A taxa de desemprego ou desocupação no Estado, de 5,4% no terceiro trimestre, permaneceu estável em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, assim como em Santa Catarina, São Paulo e no Brasil. A Taxa de Participação na Força de Trabalho (TPFT), indicador da porcentagem de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais) que estão empregadas ou em busca de trabalho, também apresentou estabilidade na comparação, chegando a 64,8%, mesma linha seguida pelo Nível de Ocupação, percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar, que alcançou 61,3%.
A Taxa de Informalidade no Rio Grande do Sul no terceiro trimestre de 2023 ficou em 31,5%, também estável, movimento similar aos demais estados da Região Sul, à São Paulo e à média nacional.
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Estes e outros dados relativos ao Estado estão contemplados no Boletim de Trabalho divulgado nesta terça-feira (26/12). A publicação trimestral do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), contempla, além do desempenho do mercado de trabalho, seção específica sobre o emprego formal e um box especial sobre a mudança na estrutura etária da força de trabalho e desocupação no Rio Grande do Sul. A autoria do boletim é dos pesquisadores Guilherme Xavier Sobrinho e Raul Bastos a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e do Novo Caged.
“É importante recuperar que o comportamento da taxa de desocupação no período foi favorecido seja pela estabilidade, nos casos do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo, seja pela queda, no caso do Paraná e do país, da taxa de participação na força de trabalho, ou seja, a ausência de pressão pelo lado da oferta sobre os mercados de trabalho do Rio Grande do Sul e de suas referências comparativas selecionadas contribuiu para que não houvesse uma piora da taxa de desocupação”, aponta Bastos.
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No período entre outubro de 2022 e outubro de 2023, o Rio Grande do Sul apresentou um crescimento de 1,8% no estoque de empregos formais, uma variação positiva de 47,4 mil postos. Em termos percentuais, ficou abaixo dos demais estados da Região Sul (+2,5% em SC e +2,8% no PR) e também da média nacional (+3,4%). No período de 36 meses, entre outubro de 2020 – primeiro ano da pandemia de covid-19 – e outubro de 2023, o boletim aponta que a variação do Rio Grande do Sul chegou a 13,9% (18,2% no Brasil).
Entre os cinco principais ramos de atividades, o setor de Serviços foi predominante na expansão do saldo anual de postos, concentrando 85% do total do Estado (41,03 mil das 47,40 mil vagas), uma alta de 3,7% no estoque. O segmento de Comércio também teve destaque no aumento total de vagas, com alta de 2%. O destaque negativo ficou por conta da Indústria, que viu a Indústria de Transformação, que representa mais de 95% do setor, sofrer retração em 11 de seus 24 segmentos.
O documento do DEE/SPGG aponta ainda que o saldo de 47,40 mil vínculos de trabalho no período de outubro de 2022 a outubro de 2023 teve 53% do total ocupado por mulheres e que os jovens até 24 anos seguem predominantes na distribuição das vagas.
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Quanto ao desempenho do Estado dividido nas nove Regiões Funcionais (RFs) para fins de planejamento, todas tiveram expansão, sendo a menor, percentualmente, obtida na RF 8, de Santa Maria, a qual Alegrete está inserida. A maior coube a RF 9, que inclui as cidades de Passo Fundo e Erechim.
O Boletim de Trabalho do Rio Grande do Sul oferece, trimestralmente, análises sobre o mercado de trabalho no Estado. A cada edição, aprofunda algum aspecto referente à força de trabalho e à ocupação, em dimensões como o perfil demográfico dos trabalhadores, as diferentes formas de inserção no mercado e os rendimentos.