Quase um ano depois da abertura do Calçadão, veja a opinião da população sobre a mudança

No cenário urbano de Alegrete, a controversa mudança no Calçadão, agora quase completando um ano desde sua revitalização, ainda gera debate e críticas por parte da maioria da população.

Mesmo diante da necessidade de melhorias, é evidente que o novo formato do calçadão não conquistou o coração de muitos alegretenses.

Em uma recente publicação do Alegrete Tudo, uma foto atual do calçadão evidencia a predominante rejeição por parte da população ao seu formato atual. A falta de arborização e o desenho da rua, que para muitos, criou apenas uma passagem com riscos para pedestres devido ao tráfego de veículos, são pontos de destaque. O PAT já abordou anteriormente o assunto.

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Calçadão 2008 – foto Marco Santierri
Calçadão antes da revitalização

O investimento de 150 mil reais, apesar de visar melhorias, gerou limitações na escolha das intervenções possíveis. Diante das críticas, surge a pergunta: seria possível, com esse montante, realizar uma reforma mais abrangente e atender às expectativas da população?

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Comerciantes, em resposta a uma abordagem recente do PAT, concordam com a abertura do calçadão, reconhecendo a necessidade de melhorias. Destacam como positivos o conserto do piso e dos bancos, além da melhoria na iluminação. No entanto, afirmam não terem notado um reflexo distinto nas vendas em comparação ao período anterior.

Atualmente, observa-se uma notável diminuição na permanência de pessoas, transformando o calçadão em uma simples passagem. O projeto elaborado pela Prefeitura e executado pela Construtora Alegretense, com algumas sugestões e adaptações, não parece ter conquistado a aprovação geral.

A abertura do calçadão já gerava divergências antes de sua implementação. Comerciantes buscavam a mudança, enquanto parte da população resistia à ideia. Os argumentos, tanto a favor quanto contra, variavam desde a necessidade de modernização até a preservação do caráter humanizado do local. Agora, após quase um ano, as opiniões continuam divergentes, refletindo a complexidade das questões envolvidas.

Com a retirada de bancos e grande parte das árvores, o calçadão tornou-se um ponto de discussão. Muitos que se opunham defendem a manutenção de um espaço humanizado, livre de automóveis, proporcionando total liberdade aos pedestres ao longo dos mais de 150 metros de extensão, desde o Banrisul até a filial da Farmácia São João na esquina com a General Sampaio. Enfatizam que o Calçadão era um local seguro para famílias passearem com seus filhos, sem receios de automóveis.

O projeto, elaborado pela Prefeitura e executado pela Construtora Alegretense, sofreu adaptações ao longo do processo, conforme sugestões da construtora. Agora, um ano após a implementação, surge a pergunta: qual é a opinião da população sobre a abertura do Calçadão?

Abaixo o link da publicação da página do PAT que originou mais uma abordagem sobre o assunto. E na página do PAT, no Facebook, temos uma enquete onde você pode deixar seu comentário.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=860264452767034&set=a.445008007626016

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Álvaro Cunha

Criado para o lazer em 1992, ato que jamais prejudicaria o comércio, obiviamente, no entanto, o prefeito atual, fez vistas grossas à evidência, e isso é grave para um administrador público, acerca desse tipo de “bem comum do povo”, e, por isso, mostrou-se fraco, pois sucumbiu ao ego manipulatório de alguns comerciantes do local, e um deles, de pasmar, defendeu a “transformação” de cara dura na tribuna, achando-se o tal. Há tipos que fazem tábula raza da dicotomia público/privado, ínsito no raciocínio desses indivíduos. Houve, sim, desperdício do dinheiro público:R$150.000,00! tanto é que a maioria de votos que vem se formando aponta sobretudo o perigo aos transeuntes, aliás, algo evidentíssimo). Volte-se ao que era antes: faça-se apologia pelo protagonismo dos bares, lancherias e restaurantes no local; mesas e cadeiras ao largo (finalidade precípua do calçadão, encontrando-se, aqui, a irreverência do prefeito ao princípio da finalidade de um bem público, pois à mingua de um raciocínio lógico), estabelecendo-se um espaço mediano para os transeuntes, através de uma faixa de dois metros no centro. Retire-se os perfis marcadores e mantenha-se os locais de estacionamentos potencias para cargas e descargas e mudanças mediante veículo leve. Uma particularidade saneadora: faça-se um friso em baixo relevo de cinco centímetros em ambos os “talvegues” do calçadão, no lugar dos ralos assoreados, imundos e perigosos (alguém duvida?), mantendo-se-os limpos, naturalmente, pois o desnível se encarregaria de fazer o resto. Prefeito (pé de poeira?) que se preza conhece, sabe, determina a coisa certa, emprega bem o dinheiro público, resiste e afugenta narcisistas de todos os graus e facetas, pois se acham os tais. Abra-se o olho. “Cuidar da cidade” há de ser um baita lema. Atenção não é invasão..

Virgínia de Almeida Pires do Rosario Alegrete

Meus queridos ex-alunos, Prefeito e Vice-prefeito, não quero atingir meu convívio afetuoso com vocês, que prezo muito, mas preciso dizer que o calçadão é muito feio. Desculpem desconhecer o nome das “estacas” que separam a pista dos automóveis do caminho de pedestres. Elas são horríveis. Tudo beira ao feio. Belas, de verdade, são as pessoas que transitam por ali e as árvores, que davam flores e sombras, mas cadê estas? Aliás, aproveito o ensejo para lembrar que existem poucas ou nenhuma árvore em muitas quadras das ruas dos Adradas, General Sampaio, Mariz e Barrros, Barão do Amazonas e outras, na vizinhança. O Centro da cidade, onde se concentram os serviços, é bastante inóspito aos pedestres, principalmente nos verões escaldantes.
Com votos de Bom Ano Novo!

Álvaro Cunha

Adiciono um detalhe importante acerca do escoamento da água da chuva do calçadão, assunto tratado no meu comentário precedecente, em substituição ao desde sempre assoreado e perigoso (há metais enferrujados retorcidos e salientes nos gradis) sistema de esgotamento desse aprazível, e pode melhorar, logradouro público: trata-se da canaleta galvanizada de aço, utilizada na pista dos postos de gasolina, passível de substituir o sistema atual. E, obviamente, de fácil limpeza.

Quando se pensa em árvore pensa-se em duas coisas, pelo menos: a fim de sombra ou a fim de embelezamento, sendo este o caso do calçadão. A outra coisa, se da espécie de folhas caducas (as folhas todas caem entre o outono e o inverno) ou não. E há espécie que perde literalmente verdadeiros galhos, como é o caso da única palmeira no calçadão. Convemanhos, o que aconteceria com a pessoa cujo galho caisse sobre ela, fato passível de ocorrer em local de movimento? A falta de conhecimento, excesso de motivão e/ou expecativa do porvir gera para a coletividade esse descaso, exacerbação ao se pensar em embelezar. Retire-se, pois, dita cuja palmeira do cenário, cujo ato levará consigo o poisio de pássaros e suas titicas. As espécies de árvores nesse local têm a finalidade exclusiva de embelezar mediante cores exuberantes, muito exuberantes o ano todo, preferentemente. Não se pode esquecer do passe livre ao caminhão dos bombeiros.

Álvaro Cunha.