
Após a notícia de que a prefeitura esteja buscando alternativas para desafogar o trânsito entre o Centro da cidade e a Zona Leste, com um projeto de mobilidade sobre a ponte férrea do Ibirapuitã, ao lado da histórica Borges de Medeiros, inúmeros questionamentos foram expostos.
A reportagem do PAT buscou com a empresa Rumo de que forma e se é possível viabilizar essa passagem sob os trilhos. Inicialmente a concessionária diz que não foi comunicada oficialmente sobre o pedido de uso da ponte férrea.
No entanto, esclarece que qualquer utilização da estrutura depende de autorização prévia do poder concedente – a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), proprietário dos bens ferroviários.
O prefeito Jesse Trindade atendeu a reportagem e disse estar em Brasília, inclusive confirmou uma agenda com o DNIT, onde deve tratar sobre esse assunto nesta terça-feira (20).
A Rumo explica que a ponte em questão não foi projetada para o tráfego de veículos, sendo necessárias diversas adaptações de engenharia para viabilizar esse tipo de uso.
Além disso, a concessionária diz ser fundamental que qualquer proposta apresentada pelo município preserve as características da via férrea, garantindo a continuidade do transporte ferroviário. Também se faz necessário estabelecer um acordo de operação entre a concessionária e o município, considerando os riscos inerentes à circulação simultânea de veículos rodoviários e composições ferroviárias.
Ainda em nota, a empresa acrescenta que o trecho entre Alegrete e Uruguaiana faz parte do Grupo de Trabalho (GT) sobre a Malha Sul criado pelo Governo Federal. Dada a complexidade e abrangência da situação, a empresa segue em diálogo com o poder concedente e demais autoridades competentes do setor para avaliação conjunta do cenário.
Conforme anúncio do município, a ponte daria passagem tanto de ambulâncias como de pedestres, ciclistas e motociclistas. Ainda não se sabe se existe algum projeto, apenas que um pedido da Prefeitura nesse sentido fosse encaminhado, via Ministério Público, para que a Rumo, concessionária da ferrovia, conceda a devida autorização. Até o final da tarde de segunda-feira (19), a documentação não havia sido enviada ao Ministério Público.